quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ALGÉS Zona ribeirinha renasce com Centro Náutico



Investimento de 2,7 milhões de euros, apto a dar resposta às necessidades de embarcações de recreio Dentro de ano e meio, previsivelmente, já deverá estar a funcionar o Centro Náutico de Algés. O concurso para a construção e concessão do projecto, lançado pela Administração do Porto de Lisboa (APL), foi ganho pelo consórcio constituído entre a MSF e a Sopromar – Estaleiro Naval de Lagos. O contrato de concessão foi assinado no início deste mês e prevê a exploração da futura infra-estrutura pelos privados durante 27 anos, ficando estes obrigados a pagar uma renda à APL. De acordo com Martinho Fortunato, administrador da Marina de Lagos e do grupo MSF, as obras devem começar dentro de dois a três meses, com o objectivo de que o CNA “comece a funcionar em pleno o mais breve possível”. O investimento orça em 2,7 milhões de euros, numas aposta que deverá trazer consigo a oportunidade de emprego para 35 a 40 pessoas. O consórcio criou, entretanto, a Cnalgés – Centro Náutico, S.A., que ficará responsável pela construção e exploração de um empreendimento que se pretende capaz de dar resposta a todas as necessidades das embarcações de recreio no estuário do Tejo e todas as que passam anualmente ao largo da nossa costa. Os serviços a criar incluem o estacionamento de embarcações a seco, carpintaria, serralharia, fibra, electrónica, ‘rigging’ (actividade de elevação ou suspensão de materiais e objectos), bem como uma loja náutica, havendo também a intenção de cativar equipas de competição de vela para a realização de estágios. Segundo destacou aos jornalistasMartinho Fortunato, o projecto do CNA será muito importante em termos de desenvolvimento económico. “É uma infra-estrutura que não existia em Lisboa, que é uma das principais regiões náuticas, e terá um impacto significativo na economia local e no próprio turismo da capital”, salientou o empresário. A propósito do mesmo assunto, em declarações ao “Jornal de Negócios”, aquele responsável adiantou mais algumas considerações sobre este sector. “Há muito a fazer neste sector. O mercado de reparação naval em Portugal e, mais especificamente, na região de Lisboa, precisava de uma nova aposta.Há um número de embarcações bastante elevado, e que ninguémconsegue estimar, que passam ao largo da nossa costa e não parampor duas razões: ou porque não têm uma assistência técnica que lhes dê garantias de obter um trabalho de excelência, ou porque não há marinas com qualidade suficiente”. O Centro Náutico de Algés ficarásituado no enfiamento da Torre VTS(coordenação e controlo marítimo)com a praia de Algés. Na vizinhança terá a companhia ilustre da futura Marina de Pedrouços, que está a ser construída a partir das antigasinstalações da Docapesca, visando albergar “grandes eventos náuticos”, a começar por uma etapa europeia da prestigiada VolvoOcean Race, marcada para o Verão do próximo ano.

(in jornal da Região)

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