quarta-feira, 30 de março de 2011

A Nova Igreja de Miraflores começa pouco a pouco a funcionar

Soubemos que a nova Igreja de Miraflores apesar de estar longe de estar acabada estaria já com diversos espaços terminados e com varias secções da paroquia em funcionamento, a Gazeta de Miraflores foi ver.
Entrando nas instalações o espaço em obras e o caos do transito á porta do Shopping de Miraflores a sensação não é das mais agradáveis, mas transpondo a entrada abrem-se as portas a um projecto que afinal de contas talvez venha a valer os montantes gastos na obra. De facto o projecto do arquitecto Troufa Real que custou cerca de 3,1 milhões de Euros é um projecto bem feito e com uma arquitectura agradável integrando muito bem no espaço as infrastruturas necessárias para o bom funcionamento de uma paroquia moderna, fica logo na retina as cores fortes e os espaços com formas não muito convencionais mas com toda a lógica.
 Deixamos aqui o registo fotográfico da visita da Gazeta ao espaço, temos o prazer de anunciar que já funcionam nas instalações da nova Igreja pelo que conseguimos saber : as aulas de Catequese, os grupos de Escuteiros, uma cozinha de apoio, uma pequena Capela e mais algumas secções estando ainda uma grande parte das salas por ocupar.
Aconselho a todos a visita ao local.


A entrada
Logo as más noticias do costume, actividades para tempos livres a pagar esta claro, parece-me a mim que a Igreja nada deveria de ter a ver com actividades comerciais deveria sim estimular e fomentar actividades baseadas no voluntariado e completamente gratuitas uma vez que neste momento este é um espaço com que todos contamos para estimular o bom crescimento das nossas crianças, fica aqui a chamada de atenção
imediatamente após a entrada temos a visualização directa para o que virá a ser o Santuário
A vista do andar entre médio
A vista do andar entre médio para a Igreja
o edifício esta equipado com elevadores e dotado de bons acessos para deficientes
A vista do andar inferior

A pequena Capela já a funcionar

A pequena cozinha de Apoio funcional e bem equipada
A vista do andar superior que aparentemente esta com todas as salas ainda por ocupar

sexta-feira, 25 de março de 2011

O Forte da Nossa Senhora da Conceição

Forte da Nossa Senhora da Conceição de Pedrouços gravura do Sec. XVIII
 
O Forte da Nossa Senhora da Conceição de Pedrouços foi construído nos finais do Sec. XVII com o objectivo de tornar mais eficaz as defesas contra um eventual desembarque Espanhol.
Foi abandonado como forticação, após a construção, em 1780 da bateria do Bom Sucesso, transformando-se em residência particular.
No recinto do forte, que apresentava a forma de um trapézio isósceles, ergueram mais tarde os condes de Pombeiro e marqueses de Belas um palácio. O edifício que nos finais do Sec. XIX era conhecido como Palácio da Conceição sofreu várias adaptações, foi hotel, foi casino, nele estiveram sediados os correios, o registo civil e a junta de freguesia de Carnaxide.
O Mar, que chegava ainda ao Palácio, foi ficando cada vez mais afastado e, junto ao que dele ficara, veio a passar a linha férrea e, depois, a estrada marginal.
Em Outubro de 2002 quando o Palácio se encontrava a ser demolido foram identificados dois panos de muralha do forte ainda existentes, menos da metade da muralha virada para o mar, e toda a do lado leste, cuja conservação e valorização parcial ainda foi possível assegurar, enquadrada num empreendimento imobiliário, onde existe um espaço pedonal em que a muralha está visível através de placas de vidro.





Forte de Nossa Senhora da Conceição, Algés

Por José António Baptista

Com o pensamento nas informações que aqui nos foram gentilmente cedidas pela Sra. D. Maria Clotilde Moreira, munícipe de Algés, a propósito da destruição do Palacete sito na popularmente designada "Rua das Estátuas" — Rua Major Afonso Pala —, fiz uma pequena pesquisa nalgumas obras em busca de mais informação, para sabermos com maior rigor histórico e maior desenvolvimento do que falamos quando nos referimos, quer ao Palacete, quer ao Forte sobre as ruínas do qual aquele foi edificado.

Assim sendo, aqui fica um pouco do que consegui apurar na obra "Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras", de Carlos Pereira Callixto, 2ª reedição, C.M.O., Julho 2002.

De seu nome completo Forte de Nossa Senhora da Conceição de Pedrouços o forte estava situado na margem direita do Ribeiro de Algés, próximo da ponte de pedra da Estrada de Lisboa.

A primeira referência a este forte surge num Decreto Real de 30 de Agosto de 1701, que nomeia seu Governador o Visconde de Fonte Arcada. A segunda referência é uma planta incluída no trabalho de João Tomás Correa — "Livro de Várias Plantas deste Reino e de Castela" — no qual refere o autor que "Se fez no ano de 1703". Existe ainda uma terceira referência nas "Memórias Militares" de António do Couto (1719), Assim, pode-se apontar os finais do Séc. XVII para a planificação desta fortaleza e para começo da construção a data do Decreto Real que lhe nomeia Governador (1701).


Planta do Forte

Não me vou deter na descrição da fortaleza. A mesma pode ser encontrada, assim como demais pormenores, p.ex. o número de bocas de fogo, na obra citada, para os mais interessados. Retenho aqui o essencial.

Em 1735 a fortaleza foi inspeccionada por um oficial, cuja identidade é desconhecida, que a encontrou muito danificada pelas intempéries. Segundo um Relatório anónimo de 1751 foi "consertada de novo".

Em 1758 o forte é referenciado com a designação de Forte de Ponta de Palhais e em 1762 o seu Comandante era o Cabo Luís dos Santos Ribeiro. Nas Memórias da Barra do Tejo e da Planta de Lisboa, de autor desconhecido, de 14 de Agosto de 1803 o forte já não é mencionado. Sabe-se que em 1818 estava já transformado em residência particular e que nunca mais volta a ser mencionado em qualquer lista de fortificações.

Em 1938, Mário Sampaio Ribeiro escreve na sua obra "Da Velha Algés" que no "seu recinto [do forte] os nobres Condes de Pombeiro e Senhores de Belas levantaram sumptuoso palácio cujo portão é coroado pela imagem de pedra da Padroeira do Reino - N.ª S.ª da Conceição - "Este portão foi demolido há relativamente poucos anos para se edificar o grande prédio chamado do Patrício, no actual Largo da Estação".

Segundo Branca de Gonta Colaço e Maria Archer — "Memórias da Linha de Cascais", 1943 — em 1850 o forte já era uma residência particular que os Condes de Pombeiro nessa altura Marqueses de Belas, compraram e habitaram, em 1870. Dizem-nos as autoras que o Forte foi reconstruído de alto a baixo e transformado num palácio. Ao prédio construído no terreno, após demolição duma ala do palácio, chamam prédio do Senhor Agostinho da Bela.
E continuam, dizendo-nos que "no terreno ocupado pelas muralhas históricas vemos agora esse prédio e a velha construção arruinada onde estiveram o Correio, a Junta de Freguesia, o Registo Civil, etc., e uma garagem".

Pelo picaresco, não resisto a citar aqui o que refere Callixto no artigo do seu livro, citando um artigo de Henrique Marques que, por seu turno, se refere a um opúsculo de 1871 — "Digressão Recreativa, Passatempo Alegre ou Revista do Viver das Praias, na Época dos Banhos do Mar, no Corrente Ano de 1870" —, que diz o seguinte:

"Do lado fronteiro às casas referidas, apresenta-se qual Dona respeitável, uma habitação grande, de aspecto nobre e quatro faces rectangulares; jardim sem flores, seco, mirrado e tostado foi, dizem as crónicas, Forte, sempre fraco, e palácio de nobilíssimos marqueses, distintos, e elegantes, marqueses, que se por fatalidade, engano, acaso ou não sei porquê, deixaram de ser lindos eram sempre Belas, como ainda são. Agora vemos o Forte, que foi, e o palácio que deixou de ser, tudo enfim, convertido pelas alterações do tempo e variantes da sociedade, no afamado Hotel da Glória, templo dedicado aos Deuses da folia, e brincadeira, aonde vem por vezes, muitos celebrantes, entoar cânticos e hinos, em divertidas patuscadas, arranjando bicos, peruas, moefas e cabeleiras, de variados feitios, cada qual a seu gosto, para alegrar o espírito e refrescar a vista, crestada por aquelas areas, apesar de tão próximo das margens e ondas puras do nosso grandioso e velho padre Tejo".

Carlos Pereira Callixto termina o artigo do seu livro dizendo:
"E assim do velho Forte de N.ª S.ª da Conceição de Pedrouços, embora há muito desaparecido (...), apenas se manteve o, já também antigo Palácio da Conceição."

E nós acrescentamos com tristeza e mágoa:
... O Palácio da Conceição, também ele desaparecido, tragado pela voragem dos especuladores imobiliários!



O Edifício Amarelo na Foto era onde funcionava a antiga Junta de Freguesia e onde existia originalmente o forte e onde se viriam a encontrar durante a construção do condomínio os restos da antiga muralha,
 
A construção algo polémica implicou o embargo da obra por uns meses de modo a preservar os vestígios do Forte


O projecto






quinta-feira, 24 de março de 2011

Clareira Encantada Espaço publico de leitura infantil no Parque Urbano da Quinta de Santo António, uma boa ideia e mais uma polémica


Abriu recentemente (Fevereiro) com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras um espaço destinado á leitura infantil no Parque Urbano da Quinta de Santo António, este espaço que estava pronto a ocupar esteve ao abandono durante anos apesar de estar pronto a utilizar e é de louvar esta iniciativa caso não tivesse envolto numa certa polémica que já nos vamos habituando no Parque Urbano da Quinta de Santo António (iremos tratar das polémicas na parte final do artigo)
 Quero aqui divulgar primeiro que tudo o espaço que de facto esta muito agradável e poderá eventualmente servir os habitantes da localidade, caso evidentemente façamos utilização dele uma vez que segundo consta este espaço é para TODOS.
O espaço é chamado Clareira Encantada e segundo a definição referida no sitio da "Associação"


"A Clareira Encantada - Associação Infantil de Miraflores é uma organização sem fins lucrativos constituída em Março de 2010 e que desde 1 de Outubro do corrente tem o apoio da Câmara Municipal de Oeiras através da cedência de um edifício sitio no Parque Urbano da Quinta de Santo António em Miraflores, Algés.

O nosso principal objectivo é fomentar a leitura nas crianças e a interacção de pais e avós no seu gradual desenvolvimento. Neste âmbito haverá uma Biblioteca Infantil para consulta livre e empréstimo. Dentro deste objectivo iremos treinar competências de leitura, criar o gosto pela leitura e ensinar saber estar com outras crianças como também haverá a realização de uma feira anual do livro infantil.

A Clareira Encantada abrangerá também uma vasta área de interesses: criar soluções de inclusão e ligar as pessoas adultas e as crianças à comunidade local; workshops para crianças sobre escrita, desenho e pintura; ateliês diversos enquadrados em actividades de promoção de exposições, acções de dinamização e outras actividades de animação cultural infantil; yoga infantil; actividades de jardinagem e estufa; organização de festas de aniversário; organização/ promoção de jogos e actividades desportivas e literárias das mais diversas modalidades.
Se as coisas forem como consta será um projecto muitíssimo interessante para todos os Pais e Avós da localidade, Sugiro a todos a visita ao espaço e aqui deixo os contactos e uma foto do espaço

Telefone 915749772

Email - clareira.encantada@clareiraencantada.org

Sitio na Internet - WWW.clareiraencantada.org





O espaço onde funciona a Clareira Encantada


As Questões que se colocam ao Município e não são respondidas e as lógicas desconfianças

Como não podia deixar de ser  e como se de uma maldição se tratasse o Parque Urbano da Quinta de Santo António tem sempre algo envolto em mistérios e procedimentos estranhos, quanto á existência deste espaço tenho tudo a louvar acerca da iniciativa que no original e como esta descrito no sitio da Internet é de facto excelente, a questão é que muitas das vezes as coisas não são como nos querem mostrar e estando de pé atrás com o Município, fomos mais fundo na questão.
Aparentemente o Município no que toca á Quinta de Santo António pouco ou nada quer dizer, foi enviado um Email para o endereço electrónico da Edilidade solicitando informações quanto a várias questões e polémicas que envolvem o parque (sendo esta uma delas) e até agora respostas zero... evidentemente iremos voltar á carga por acreditarmos ainda que as instituições neste País ainda funcionam apesar de mal e porque temos o direito de ser informados, não se compreende como é que nem um email acusando a resposta e informando do encaminhamento da situação nos foi enviado, será por mau funcionamento do serviço ou... será propositado o black out Camarário?
 Voltando á questão que tratamos neste artigo e quanto ao espaço é de facto inacreditável como é que a Câmara e a Junta de Freguesia deixaram chegar o espaço ao ponto onde chegou, o espaço estava equipado e pronto a funcionar até este ano (desde a a sua suposta abertura em 1995) estando evidentemente o espaço muito degradado e pasmem-se segundo consta a câmara nunca recebeu nenhuma proposta até ao dia em que as duas simpáticas senhoras entregaram na Edilidade uma carta com a proposta de abertura do espaço, pergunto aqui, ALGUÉM TINHA CONHECIMENTO? O mais estranho é que o espaço estaria em principio destinado a uma biblioteca portanto em principio não disponivel e logo evidentemente que as pessoas nunca endossaram qualquer solicitação á Edilidade pedindo a sua cedência. Aparentemente até a Câmara estava esquecida da questão uma vez que não informou ninguem da sua disponibilidade, podem me dizer que, epa o espaço estava ao abandono, agora serve a população da localidade etc. A coisa seria muito bonita se o projecto seguisse as directivas que se supunha seguir, prestar um serviço publico e não tomar os caminhos de uma utilização privada. Como mencionei anteriormente fomos pesquisar se de facto o espaço deveria ser destinado preferencialmente á utilização publica a realidade é outra e é de desconfiar, ora vejam


segundo consta no texto do sitio da Clareira Encantada

"O nosso principal objectivo é fomentar a leitura nas crianças e a interacção de pais e avós no seu gradual desenvolvimento. Neste âmbito haverá uma Biblioteca Infantil para consulta livre e empréstimo. Dentro deste objectivo iremos treinar competências de leitura, criar o gosto pela leitura e ensinar saber estar com outras crianças como também haverá a realização de uma feira anual do livro infantil."

e

"A Clareira Encantada abrangerá também uma vasta área de interesses: criar soluções de inclusão e ligar as pessoas adultas e as crianças à comunidade local; workshops para crianças sobre escrita, desenho e pintura; ateliês diversos enquadrados em actividades de promoção de exposições, acções de dinamização e outras actividades de animação cultural infantil; yoga infantil; actividades de jardinagem e estufa; organização de festas de aniversário; organização/ promoção de jogos e actividades desportivas e literárias das mais diversas modalidades."

esqueceram-se foi de dizer que era a pagar, um autentico abuso uma vez que o espaço é CEDIDO pela Câmara ou seja não é pago e a sua vertente social é esquecida totalmente nem mencionando sequer que o espaço é publico, estamos aqui portanto, perante uma situação de aparente abuso do espaço para proveito próprio o que me parece algo a contestar e a denunciar, para já e para combater o uso abusivo do espaço é utiliza-lo o mais que possam, já que supostamente é um espaço publico toda a gente pode lá ir com as crianças, não se esqueçam de quando visitarem o Parque com as crianças de lá irem e ficarem um bocado, entretanto estamos a enviar mais um email para a C.M.Oeiras com pedido de explicações e caso se voltar a repetir o evento de não responderem ao Email iremos até onde for necessário para denunciar a situação e receber respostas.

 É de facto triste uma localidade onde não existe praticamente nenhuma infraestrutura social esteja a ser encaminhada para uma utilização privada quando deveria seguir uma vertente totalmente oposta.
Vejam lá se no prospecto menciona que o espaço é Publico? Não menciona pois não? É de facto uma Clareira Encantada mas aparentemente é só para quem dinheiro !!!

A Torre de Controle de Tráfego Marítimo de Lisboa


Ladeada pelas águas do Estuário do Tejo, a Torre VTS do Porto de Lisboa situa-se em Algés, na ponta de um molhe de um porto de abrigo artificial que dentro em pouco tempo acolherá as lanchas e barcos dos Pilotos da Barra. Inaugurada em Julho de 2001 pelo então Ministro Ferro Rodrigues, a estrutura projectada pelo arquitecto Gonçalo Byrne serve de abrigo aos Pilotos da Barra e funciona como Centro de Coordenação e Controlo Marítimo do Porto de Lisboa (CCCMPL). Lá são, também, coordenadas acção de fiscalização, segurança portuária e de ambiente portuário.

Sendo no seu todo 25, é suportada por estacas com 1 metro de diâmetro e 20 metros de comprimento, afundadas 2 metros no fundo basáltico. Apenas as fundações custaram à APL (Administração do Porto de Lisboa) 67.710 €, quando a totalidade da construção ficou-se por 11 Milhões de Euros.

Um sistema VTS (Vessel Traffic System - Controlo do Tráfego Marítimo) tem como objectivo monitorizar e fornecer informações adicionais aos navios em águas confinadas ou muito movimentadas. Os controladores, através de câmaras de vigilância, radares, sensores, entre outros equipamentos de apoio, recebem dados que lhes permitem monitorizar e controlar o movimento marítimo. Cabe-lhes também a gerência dos cais de acostagem.

«O primeiro sistema VTS apareceu em Liverpol em 1949. O sistema consistia num radar em terra que fornecia as informações necessárias para coordenar os movimentos dos navios. Um sistema semelhante com mais estações radar foi montado pela Holanda em 1956 para seguimento de tráfego marítimo no porto de Roterdão. O sistema espalhou-se rapidamente por grande parte dos portos da Europa Ocidental.»



Segundo Fátima Grilo, inspectora do SEF, "através deste sistema de leitura costeira e portuária, apoiado em radar e satélite, teremos acesso a informações sobre as embarcações que estão nas nossas águas. Conseguimos saber onde é que se encontram entre 1000 a 2000 alvos móveis. Sabemos ainda quais as embarcações que estão a realizar movimentações não autorizadas e aquelas que estão a utilizar velocidades excessivas. Também permite localizar e identificar as embarcações que estão, por exemplo, a fazer lavagens não autorizadas em alto-mar. A partir daí, existirá um simulador que segue as manchas de poluição e identifica a praia onde vai dar uma dada mancha de crude."


O VTS do Porto de Lisboa monitoriza a região compreendida "Entre-Cabos" (linha imaginária entre os Cabos Espichel e Roca), a Oeste de Lisboa, até à Ponte Vasco da Gama, a Leste. Para o efeito, serve-se de dois radares instalados em Cacilhas, junto ao cais de atraque dos Cacilheiros, e no topo dos Silos da Trafaria, ambos na Margem Sul do Tejo, antenas de comunicação e de câmaras de vigilância instaladas em locais estratégicos, tais como entradas de marinas e portos de ancoragem. O Porto de Lisboa está para alterar o limite Oeste, a linha de Entre-Cabos como já foi dito, para a linha que delimita as quinze Milhas náuticas (aproximadamente 28 Km) a partir do Forte de São Julião, em Oeiras. Tal alteração deve-se à proximidade da bóia nº2 (inicio do enfiamento [*] da entrada do Porto de Lisboa) da linha Entre-Cabos, o que implica que num curto espaço de tempo seja obrigatório o estabelecimento de novo contacto entre a torre e a embarcação.

[*] Um Enfiamento é uma linha imaginária definida por dois objectos fixos, muito utilizada na navegação junto à costa para definir uma posição. No Porto de Lisboa, o enfiamento que permite evitar os bancos de areia (cachopos) do Bugio e de São Julião é definido por três construções: a Gibalta, um farol localizado entre Caxias e Cruz Quebrada; o Esteiro, um outro farol, menor, localizado an Mata do Estádio Nacional; e a Mama Sul, uma construção tipo picoto erguida num monte junto à Serra de Carnaxide.



Finalidade do Sistema

A informação por estes equipamentos recolhida é depois apresentada em monitores na torre, onde o controlador observa as imagens fornecidas pelo radar sobre uma carta náutica digital, juntamente com o eco da embarcação e outros dados, tais como nome e velocidade, fornecidos pelo AIS (Automatic Identification System – Sistema de Identificação automática). Existem também alguns ecrãs onde são mostradas em tempo real as imagens captadas pelas câmaras de vigilância. Já que tem um número indeterminado de possibilidades de fiscalização, é utilizado também por entidades tais como a Polícia Marítima, a Brigada Fiscal, Alfândega e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
 Qualquer navio que rume a Lisboa é assim, tanto para sua segurança como para a das demais embarcações e até mesmo para segurança Nacional, obrigado a estabelecer comunicação VHF com o controlador de serviço, fornecendo-lhe informações sobre a carga transportada, calado, velocidade (que depois são comparadas e corrigidas relativamente ao AIS) e recebe outra informações sobre tráfego e navegabilidade. No CCCMPL, tudo fica registado, desde o nome do navio, número IMO (número identificativo do navio; composto por 7 dígitos e fornecido pela International Maritime Organization – é em termo genérico, o Bilhete de identidade do navio), dimensões, horas de passagem nos diversos check points, inclusivamente os cabeços que o navio necessitou, entre outras informações.

por Pedro Baptista in Transportes XXI





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