quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Projecto do Lisbon Medical Park

         Área: 33.325 m² acima do solo e 50.000 abaixo do solo

Um grupo irlandês vai investir 100 milhões de euros na construção de um hospital privado "de excelência" na Outorela, em Oeiras, a obra deveria estar concluída até 2010 mas ainda não foi iniciada a construção, esta com projecto aprovado e que poderá criar 1.250 postos de trabalho directos.

Segundo adiantou à Lusa fonte da autarquia, o futuro Hospital de Oeiras - Lisbon Medical Park - terá cerca de 80 camas, quatro salas para grandes intervenções cirúrgicas e quatro salas de serviço ambulatório, investigação clínica, diagnósticos e tratamentos especiais, clínicas, cirurgia e internamento, central de consultas e internamentos de idosos para vida assistida. A unidade integrará seis edifícios.

O empreendimento, cuja construção foi aprovada pelo executivo de Oeiras, vai incluir: 80 camas; quatro salas de operações para grandes intervenções; quatro salas de serviço ambulatório; investigação clínica; diagnósticos e tratamentos especiais; clínicas; cirurgia e internamento; central de consultas; e internamentos de idosos para vida assistida.
    Com a nova unidade hospitalar, o grupo Sheean Medical Corporation — responsável pela construção e gestão de hospitais na Irlanda e na Polónia —, pretende criar um espaço "para uma medicina de excelência", com "meios tecnológicos avançados", "competência médico-cirúrgica relevante" e clínicas dedicadas a mais de 15 especialidades, explicou a mesma fonte.

Entre os 1250 postos de trabalho directos previstos encontra-se "um significativo" número de investigadores, que se dedicarão sobretudo a desenvolver projectos associados à Fundação de Assistência e Pesquisa em Auto-Imunidade.

Para o presidente da autarquia, Isaltino Morais, esta é uma grande oportunidade para o município expandir as suas capacidades de atendimento ao público. "É uma obra de qualidade inegável, com especialidades que vão da oncologia à geriatria, entre muitas outras, e vai contribuir para a construção de um 'cluster' de saúde no concelho de Oeiras".

veja as imagens do projecto 







localização do complexo hospitalar do outro lado da autoestrada, como pode ver a a paisagem de betão irá continuar a crescer


Anos 20 O Bairro Soares em Algés

Imagem: Projecto do Bairro Soares em Algés (anúncio ao referido Bairro no Jornal Debate de 4 de Março de 1923).

"Anos 20 -O Bairro Soares formou-se à custa de terrenos que haviam pertencido ao lavrador Eduardo Augusto Pedroso e de outras parcelas de que era proprietário Manuel Matias e que ficaram adjacentes à "Vila Matias" e de um talhão pertencente ao parque Ribamar.

Para a compra do terreno do "Bairro Soares", cuja transacção importou em cerca de 100 contos, formou-se uma sociedade por quotas intitulada Bairro Soares Lda. da qual fizeram parte mais de uma dezena de moradores de Algés".
Alves, Maria Paula Picciochi A, Algés, metodologia para uma planificação arquitectónico-urbanística do núcleo urbano, Secretaria de Estado da Cultura, Lisboa, 1979, pp. 72 e 73

ALGÉS Zona ribeirinha renasce com Centro Náutico



Investimento de 2,7 milhões de euros, apto a dar resposta às necessidades de embarcações de recreio Dentro de ano e meio, previsivelmente, já deverá estar a funcionar o Centro Náutico de Algés. O concurso para a construção e concessão do projecto, lançado pela Administração do Porto de Lisboa (APL), foi ganho pelo consórcio constituído entre a MSF e a Sopromar – Estaleiro Naval de Lagos. O contrato de concessão foi assinado no início deste mês e prevê a exploração da futura infra-estrutura pelos privados durante 27 anos, ficando estes obrigados a pagar uma renda à APL. De acordo com Martinho Fortunato, administrador da Marina de Lagos e do grupo MSF, as obras devem começar dentro de dois a três meses, com o objectivo de que o CNA “comece a funcionar em pleno o mais breve possível”. O investimento orça em 2,7 milhões de euros, numas aposta que deverá trazer consigo a oportunidade de emprego para 35 a 40 pessoas. O consórcio criou, entretanto, a Cnalgés – Centro Náutico, S.A., que ficará responsável pela construção e exploração de um empreendimento que se pretende capaz de dar resposta a todas as necessidades das embarcações de recreio no estuário do Tejo e todas as que passam anualmente ao largo da nossa costa. Os serviços a criar incluem o estacionamento de embarcações a seco, carpintaria, serralharia, fibra, electrónica, ‘rigging’ (actividade de elevação ou suspensão de materiais e objectos), bem como uma loja náutica, havendo também a intenção de cativar equipas de competição de vela para a realização de estágios. Segundo destacou aos jornalistasMartinho Fortunato, o projecto do CNA será muito importante em termos de desenvolvimento económico. “É uma infra-estrutura que não existia em Lisboa, que é uma das principais regiões náuticas, e terá um impacto significativo na economia local e no próprio turismo da capital”, salientou o empresário. A propósito do mesmo assunto, em declarações ao “Jornal de Negócios”, aquele responsável adiantou mais algumas considerações sobre este sector. “Há muito a fazer neste sector. O mercado de reparação naval em Portugal e, mais especificamente, na região de Lisboa, precisava de uma nova aposta.Há um número de embarcações bastante elevado, e que ninguémconsegue estimar, que passam ao largo da nossa costa e não parampor duas razões: ou porque não têm uma assistência técnica que lhes dê garantias de obter um trabalho de excelência, ou porque não há marinas com qualidade suficiente”. O Centro Náutico de Algés ficarásituado no enfiamento da Torre VTS(coordenação e controlo marítimo)com a praia de Algés. Na vizinhança terá a companhia ilustre da futura Marina de Pedrouços, que está a ser construída a partir das antigasinstalações da Docapesca, visando albergar “grandes eventos náuticos”, a começar por uma etapa europeia da prestigiada VolvoOcean Race, marcada para o Verão do próximo ano.

(in jornal da Região)

A Inauguração da Praça de Touros de Algés

Praça de Touros de Algés (1895 - 1974)

Caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro in António Maria, nº 422, 30 de Maio de 1895, p64 



“ Vae construir-se muito brevemente em Algés ao norte da estrada real uma nova praça de touros.
Consta-nos que será um vasto e bem construido circo. O seu custo está orçado em cinquenta contos de rèis.
A praça fica n’ un sitio magnifico de onde se disfructa um lindo panorama de terra e mar - muito accessivel e para onde ha transportes faceis, commodos e baratos. Por tudo isto será ella ‘preferida à do Campo Pequeno para onde os transportes são difficeis e caros. “(1)

Em 5 de Outubro de 1893 era assim noticiada na imprensa regional ,a construção da Praça de Touros de Algés. Construída por um grupo de socios do Real Clube Tauromáquico é inaugurada a 23 de Maio de 1895 com capacidade para 7 500 espectadores.

Às vésperas da inauguração a Gazeta de Oeiras dava nota do seguinte comentário :

“ Trabalha-se activamente nas obras d’esta praça afim de se poder dar a 1ª corrida no dia 23 d’este mez.
O circo está elegantissimo. O seu risco é do distinto conductor o nosso illustre amigo o sr. Alfredo Bettencourt de Mello. É feito de cantaria e ferro tem 100 metros de raio e uma só ordem de camarotes. Circunda-o uma avenida de 20 metros de largura.
Na sua construção foram introduzidos todos os modernos aperfeiçoamentos.
O esplendido local onde está edificado, a facilidade de communicações para lá e os atractivos do mar e da campina são de certo mais que muitos para atornarem a primeira praça de touros do paiz “(2)
Após vários anos de abandono e degradação foi em 1974 demolida. O que resta do esplendor e ruina somente as fontes históricas nos deixam vislumbrar em pormenor.



(1) A Gazeta de Oeiras, nº28 , de 5 Novembro de 1893
(2) A Gazeta de Oeiras , nº 107 de 12 de Maio de 1895


“ Vae construir-se muito brevemente em Algés ao norte da estrada real uma nova praça de touros.
Consta-nos que será um vasto e bem construido circo. O seu custo está orçado em cinquenta contos de rèis.
A praça fica n’ un sitio magnifico de onde se disfructa um lindo panorama de terra e mar - muito accessivel e para onde ha transportes faceis, commodos e baratos. Por tudo isto será ella ‘preferida à do Campo Pequeno para onde os transportes são difficeis e caros. “(1)

Em 5 de Outubro de 1893 era assim noticiada na imprensa regional ,a construção da Praça de Touros de Algés. Construída por um grupo de socios do Real Clube Tauromáquico é inaugurada a 23 de Maio de 1895 com capacidade para 7 500 espectadores.

Às vésperas da inauguração a Gazeta de Oeiras dava nota do seguinte comentário :

“ Trabalha-se activamente nas obras d’esta praça afim de se poder dar a 1ª corrida no dia 23 d’este mez.
O circo está elegantissimo. O seu risco é do distinto conductor o nosso illustre amigo o sr. Alfredo Bettencourt de Mello. É feito de cantaria e ferro tem 100 metros de raio e uma só ordem de camarotes. Circunda-o uma avenida de 20 metros de largura.
Na sua construção foram introduzidos todos os modernos aperfeiçoamentos.
O esplendido local onde está edificado, a facilidade de communicações para lá e os atractivos do mar e da campina são de certo mais que muitos para atornarem a primeira praça de touros do paiz “(2)
Após vários anos de abandono e degradação foi em 1974 demolida. O que resta do esplendor e ruina somente as fontes históricas nos deixam vislumbrar em pormenor.



(1) A Gazeta de Oeiras, nº28 , de 5 Novembro de 1893
(2) A Gazeta de Oeiras , nº 107 de 12 de Maio de 1895

Caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro in António Maria, nº 422, 30 de Maio de 1895, p64

A Freguesia de Algés no Sec. XVIII


Painel de azulejos sobre a Grande Vista de Lisboa, existente no Museu do Azulejo de Lisboa, realizado entre 1700 e 1725. Na enorme panorâmica com cerca de 115 x 2247 cm, aparece um trecho marginal do Tejo entre a foz do Jamor e os morros de Ribamar, que corresponde à zona entre a Cruz Quebrada, Dafundo e Algés. Vê se claramente no lado direito do painel a ponte sobre a ria e o Forte da Conceição.
Facto curioso e importante para a localidade de Miraflores é que seguindo o traçado da Ria de Algés em direcção á zona que hoje é Miraflores se ve claramente que algo existe, aparentemente são até construções de algum porte em ambas as margens (a investigar)
Imagem: Convento de S. José de Ribamar e Ponte de Algés.
Referência bibliográfica: Lisbonne avant le Tremblement de terre. Le panneau (1700-1725) du musée de l' Azulejo, Inst. Português de Museus, Câmara Municipal de Lisboa,Ed. Chandeigne, 2004



Algés em 1763. Reprodução parcial da vista panorâmica da margem norte do Tejo
in Boletim Cultural e Estatístico , Câmara Municipal de Lisboa, Julho/Setembro, 1937.
"À esquerda, o forte, depois o Convento de S. José de Ribamar (nº 9), a casa do Conde de Vimioso (nº 10), o Cruzeiro e o Forte da Conceição (nº 11). Em segundo plano as casas da Quinta da Piedade".



Não existem informações rigorosas quanto ao início da construção da Capela da Nossa Senhora do Cabo. Pensa-se que a actual Capela vem na continuidade de uma Ermida construída por meados do século XVIII em Algés de Cima, sob a evocação de Nossa Senhora do Cabo. Na época, o culto de N.ª Senhora do Cabo tinha grande difusão em toda a área da freguesia de Algés e as restantes em redor. No século XIX a Capela passou a ser pertença da Família Pedroso, integrando as propriedades onde a mesma se insere, tendo a Sr.ª D. Joana Pedroso Simões falecido em 1962, doado a Capela à Junta de Freguesia, através de testamento. A Capela é pequena, de uma só nave, com coro, sendo a sua fachada muito simples, de traço rústico tradicional. Actualmente é celebrada a missa no primeiro Sábado de cada mês, pelas 17 horas e diariamente é rezado o terço pelas 18h15. Possibilita ainda, a realização de casamentos, baptizados e funerais


O Palácio Ribamar - a Jóia de Algés - é um edifício emblemático, onde na sua génese a arte e a cultura foram o primado, sendo um dos pontos de referência da Freguesia de Algés. A sua construção em 1728, foi obra do 8º Conde de Vimioso e do 2º Marquês de Valença, para residência familiar e centro de uma pequena corte, onde imperava a arte e a cultura, tendo acolhido alguns convidados de destaque e inclusivamente os membros do Conselho de Ministros.