sábado, 29 de setembro de 2012

Falhas nos serviços de recolha de lixo em Miraflores

Papeleira na Av. das Tulipas, igual a muitas outras em Miraflores tem sido mudadas de duas em duas semanas (às vezes mais) chegando ao ponto de o lixo a cair para o chão como se vê na imagem


Tenho vindo a observar nos últimos tempos algumas falhas na recolha de lixos em Miraflores, papeleiras que ficam semanas por ser esvaziadas chegando ao ponto de deitarem os resíduos por fora, pólos de recolha de resíduos totalmente cheios, lixo no chão etc, sei bem que os tempos que correm são de contenção orçamental e que os recursos da Freguesia não dão para tudo, mas pergunto me se algo tão básico como é a recolha de resíduos será coisa para descurar...
Para alem das deficiências nos serviços de recolha de lixos, tenho também observado uma evidente falta de planeamento na colocação dos pólos de recolha de resíduos, ou sendo estes muito reduzidos para as áreas onde foram colocados (como por exemplo à porta do centro comercial Dolce Vitta) ou sendo colocados em sítios estranhos e sem sentido (como a área de contentores à porta das cozinhas do clube Miraflores), como podem ver nas fotografias abaixo.
 Irei enviar esta situação para a C.M.Oeiras e para a junta de Freguesia, mas sabendo eu com o que conto o mais provável é estas situações caírem em saco roto, parece me que um destes dias teremos de tomar uma resolução mais radical como a colocação de umas faixas identificando os problemas para chamar a atenção das pessoas e das entidades competentes para este tipo de situações

À porta do centro comercial Dolce Vitta em Miraflores existe um pólo de recolha de resíduos como era lógico existir, mas a questão aqui não é tanto a sua localização mas a sua falta de capacidade para escoar as grandes quantidades de lixo que ali é depositado, esta assim quase todos os dias, havendo até dias em que os lixos ocupam o passeio (e parte da estrada) ao longo de vários metros, das duas uma ou entidades competentes aumentam o dito posto de recolha ou terão de montar mais um nas traseiras do centro comercial, esta situação de evidente incentivo à propagação de pragas urbanas não deve continuar a existir


Na entrada das instalações das piscinas de Miraflores, à porta das cozinhas (não utilizadas à anos) teria de ser colocado um espaço destinado aos contentores do lixo desta instalação hoteleira e das varias empresas que circundam este espaço, ora até aqui tudo bem, não fosse a colocação desta área ter sido feita no lado do passeio que tem apenas um metro, no outro lado o passeio tem cerca de 2 metros e meio (tem portanto até espaço para uma área de contentores para reciclagem), não se percebe portanto a sua colocação na sua localização actual, indo contra todas as regras da mobilidade e ordenamento, como podem ver pelas fotografias abaixo,sobraram cerca de 50 centímetros de passeio, qualquer pessoa tem extrema dificuldade em passar atrás dos contentores e para rematar foi esquecida a colocação dos pilaretes até aos contentores que, como podem ver pelo registo fotográfico torna a circulação impossível... questiono portanto se, quem efectuou o projecto foi alguma vez ver o local onde iriam ser feitas as alterações.
Papeleira no Parque Urbano de Miraflores (situação recorrente nos últimos meses)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Projecto de Ampliação do Complexo Desportivo da U.D.R.Algés

Tivemos acesso na 2ª mostra Social de Algés no stand da União Desportiva e Recreativa de Algés ao projecto de ampliação do complexo desportivo da U.D.R.Algés, algo que já constava do antigo Plano Director Municipal e que tem sido mantido no segredo dos deuses, depois de varias tentativas para termos acesso a este projecto consegui subrepticiamente fotografar o projecto afixado no stand, dai a má qualidade das fotografias.
Quisemos partilhar estas fotografias e dar em primeira mão uma visão do projecto uma vez que nos parece assim de repente mais um projecto que será vocacionado para servir os interesses privados em vez dos interesses comunitários, o futuro dirá se tenho ou não razão mas com o secretismo que este projecto esta envolvido, com a tomada de assalto da SAD do Sporting Clube de Portugal ao U.D.R.A através do aluguer das suas instalações e com a politica de uma direcção do clube (cujo presidente nem reside nem residiu nunca na localidade) que só vê dinheiro que por magia desaparece mal chega aos cofres do clube, o futuro penso ser muito pouco solarengo para a U.D.R.A. 
Visitei à tempos a sede do clube e fiquei abismado (tenho de lá voltar para fotografar porque só visto mesmo) O primeiro andar onde há um belo salão de baile e um palco muito bonito esta a beira da derrocada, o restante das instalações a caminho disso vão, quero aqui criticar duramente esta direcção que até com os recursos extra obtidos com o aluguer a privados do novo Ginásio e do próprio campo de futebol ao S.C.P. para instalação da sua escola de futebol, deixou a sede chegar a este estado, esperemos que algo mude urgentemente uma vez que num futuro breve em vez de sede teremos uma ruína.
Deixo vos então com a primeira apresentação publica deste muito secreto projecto











Stand dos Bombeiros de Algés na 2ª Mostra Social de Algés


Esta curiosa "chata" com o seu atrelado propriedade dos Bombeiros de Algés esteve exposta na 2ª mostra social de Algés no Parque Urbano de Miraflores no passado fim de semana é uma peça deliciosa que data de 1955 e tem a particularidade de ter sido oferecida pelo Sport Algés e Dafundo, é com agrado que vemos  os bombeiros de Algés a mostrarem o seu precioso espólio que esta quase sempre oculto do publico



terça-feira, 4 de setembro de 2012

As Portas de Algés e Benfica, duas irmãs gémeas

Montagem comparativa das Portas de Benfica (à esquerda) e das Portas de Algés (direita), como podem ver os edifícios apresentam traças iguais e são exactamente da mesma altura


Há 100 anos atrás, quando alguém chegava ao concelho de Lisboa encontrava uma cidade murada por perto de 20km de muralha. Para entrar na cidade havia "apenas" 26 portas. Cada uma delas funcionava como posto fiscal e delegação das alfândegas de Lisboa.

Em 1885 Lisboa sofreu nova reestruturação administrativa, desta feita com a inclusão no respectivo concelho de algumas das freguesias que em meados do século tinha perdido para Belém e Olivais. Nesse ano é definida nova circunvalação e após algumas hesitações legislativas a cidade cresce até aos limites actuais. É também nesse ano que começa a construção das várias portas e vários troços de muro.

Meio século passado, em 1922 os limites fiscais do concelho de Lisboa são abolidos pela lei nº 1368, esvaziando os edifícios da sua função. O crescimento urbano destroi praticamente todas essas estruturas, restando apenas as Portas de Benfica, e pequenos troços de "muralha" nos locais mais inacessíveis.

As várias portas deviam ter tido construções e arquitecturas diversificadas, no entanto existiram mais duas com afinidades morfológicas com as de Benfica: as Portas de Algés e da Calçada de Carriche, hoje em dia completamente demolidas.

As Portas de Benfica foram dos poucos edifícios que sobreviveram à urbanização desenfreada e desorganizada da zona envolvente. Em 1996 estavam quase em ruínas como propriedade do Ministério das Finanças. A 7 de Dezembro de 1996 começaram as obras de recuperação do edifício.

Depois das obras estarem concluídas, no edifício sul das Portas de Benfica instalaram-se a Orquestra Ligeira de Benfica e a sede da Associação da Comunidade de São Tomé e Príncipe. No edifício norte funciona desde 2001 o Centro de Informação "Em Cada Rosto Igualdade" (inicialmente a cargo da Organização Internacional para as Migrações e, actualmente, da Junta de Freguesia de Benfica).


As Portas de Carriche

Planta Topográfica de Lisboa referente a Portas da Calçada de Carriche, Estrada da Nova Circunvalação, Alto do Chapeleiro, Guarda Fiscal e Posto do Alto do Chapeleiro. Pinto, Júlio António Vieira da Silva, 1860


Semelhante ás Portas de Algés e Benfica existiam também as Portas de Carriche, das quais não nos foi possível descobrir qualquer registo fotográfico.


Às portas de Carriche e ao longo da Estrada Nacional n.º 8. estende-se o casario de Olival Basto, cujo nome deve aos ricos olivais que aqui existiram e dos quais restam algumas centenas de oliveiras, na encosta que vai do Senhor Roubado até ao Vale do Forno. Provenientes de todos os lados, os "malteses", homens e mulheres, vinham para a apanha da azeitona, aos quais na época se dava o nome de "malteses".

Para quem se dirige a Lisboa, esta é uma das entradas e aqui existem algumas construções, restos de um pequeno núcleo que se formou, provavelmente, junto ao posto de cobranças das antigas portagens (constituídas entre 1900 e 1902, eram a última fronteira para demarcar o Concelho de Loures). Para transpô-las era necessário pagar uma taxa que vigorou até 1930, sensivelmente. Pelas encostas, à esquerda e à direita, as muralhas do século XIX assinalam os limites de Lisboa. O traçado das modernas vias sacrificou alguns antigos edifícios deste núcleo e as primeiras casas das antigas vilas.

Situado na fronteira de dois concelhos, foi o local escolhido para estação de muda - a Malaposta. A diligência que transportava o correio parava aqui para descanso do pessoal e muda dos animais que a puxavam. Os novos cavalos atrelados à diligência, por estarem folgados, garantiam a velocidade que se desejava, para uma comunicação rápida.
Após ligeiras obras de adaptação, o edifício da Malaposta passou, mais tarde, a matadouro municipal. Após o seu encerramento, o edifício ficou votado ao abandono, por largos anos, o que o degradou bastante.