quinta-feira, 31 de maio de 2012

Volvo Ocean Race 2012 a Gazeta visitou o pré evento



Pois foi caros leitores, fomos ver como estavam as coisas no dia da inauguração do evento, logo á noite começam a chegar os barcos e começa a festa de 10 dias programada para a Praia de Algés e doca de Pedrouços, evento que evidentemente a Gazeta irá dar cobertura, aparentemente tudo esta no sitio para receber os largos milhares de visitantes que se esperam para o evento, facto surpreendente não vi uma única casa de banho que não fossem as de apoio ao pessoal de serviço, facto estranho quando se espera uma multidão para a chegada dos barcos por volta das 23h, e o evento foi oficialmente inaugurado ás 11h de hoje... esperemos que até lá essa lacuna seja devidamente resolvida. Deixo-vos então com a reportagem fotográfica da Gazeta com a colaboração do Nuno Picardo.


Volvo Ocean Race 2012 31-05-2012




PROGRAMA DO EVENTO

31 de Maio (5ª feira)

11:00 - Cerimónia Oficial de Abertura do Race Village

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

19:00-21:00 - Palco Principal: Undergroove – DJ Lucky + Trompete + Percussão

21:00-23:00 - Palco Principal: Gipsy

23:00-02:00 - Palco Principal: Tó Ricciardi

02:00-04:00 - Palco Principal: Pedro Cazanova

04:00-06:00 - Palco Principal: Heartbreakers



1 de Junho (6ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00 - Academy Team Racing Clinic (Optimist)

19:00-21:00 - Palco Principal: Open Source

21:00-24:00 - Palco Principal: Pete Tha Zouk



2 de Junho (sábado)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

11:00-18:00 - Palco Principal: Open Day Holmes Place

12:00 - Academy Team Racing Dia 1: Regata Cascais-Race Village (Dragon e SB20)

19:00-21:00 - Palco Principal: Orlando Santos & The Bagattels

21:00-24:00 - Palco Principal: Diego Miranda



3 de Junho (domingo)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

14:00 - Academy Team Racing Dia 2: Regata Race Village-Cascais (Dragon e SB20)

19:00-21:00 - Palco Principal: Ébano



4 de Junho (2ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

11:00 - Clínica de Vela Adaptada – Access Sailing Clinic

19:00-21:00 - Palco Principal: Mr. Isacc



5 de Junho (3ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00 - Regata Vela Adaptada – com a participação de um velejador de cada equipa Volvo Ocean Race

19:00-21:00 - Palco Principal: Sintra Project



6 de Junho (4ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

19:00-21:00 - Palco Principal: Bling Projekt

22:00-24:00 - Palco Principal: WOK – Ritmo Avassalador/Concerto para Bombos by Toca a Rufar



7 de Junho (5ª feira)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

13:00-15:00 Regata de Treino Volvo Ocean Race Lisboa

18:00 - Race Village: Entrega de Prémios Etapa 7 Miami-Lisboa (a confirmar)

19:00-21:00 Palco Principal: Mo Francesco Quintet

22:00-24:00 - Palco Principal: Jorge Palma & Friends – Tim, Tiago Bettencourt e Cristina Branco



8 de Junho (6ª feira)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

10:00-13:00 - Race Village: Especial RTP – Volvo Ocean Race Lisboa

15:30-16:30 - Race Village: Especial RTP – Volvo Ocean Race Lisboa

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

13:00-15:00 - Regata Pro-Am Volvo Ocean Race Lisboa

19:00-21:00 - Palco Principal: Headcleaners

22:00-24:00 - Palco Principal: RFM & Carlsberg Music Night



9 de Junho (sábado)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00-13:00 - Regata Canoas do Tejo

13:00-15:00 - In-Port Race Volvo Ocean Race Lisboa

17:00-19:00 - Palco Principal: Groove 4tet

19:00-22:00 - Race Village: Transmissão em Ecrã Gigante do Portugal v. Alemanha – Euro2012

22:00-24:00 - Palco Principal: All Star Band com Rui Veloso, Boss AC, Carminho, Paulo Gonzo, Lúcia Moniz, Zé Ricardo e The Black Mamba



10 de Junho (domingo)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00-13:00 - Regata Canoas do Tejo

13:00-15:00 - Início da Etapa 8 Lisboa-Lorient da Volvo Ocean Race



Outras animações disponíveis ao longo de todos os dias da Volvo Ocean Race Lisboa

- Cinema 3D

- The Ride

- Roda Gigante

- Carros de Pedais

- Insufláveis

- Champimóvel



* Toda a programação aqui apresentada está sujeita a alterações, que serão comunicadas em:

www.volvooceanracelisbon.com

Volvo Ocean Race 2012, programação do evento



31 de Maio (5ª feira)

11:00 - Cerimónia Oficial de Abertura do Race Village

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

19:00-21:00 - Palco Principal: Undergroove – DJ Lucky + Trompete + Percussão

21:00-23:00 - Palco Principal: Gipsy

23:00-02:00 - Palco Principal: Tó Ricciardi

02:00-04:00 - Palco Principal: Pedro Cazanova

04:00-06:00 - Palco Principal: Heartbreakers



1 de Junho (6ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00 - Academy Team Racing Clinic (Optimist)

19:00-21:00 - Palco Principal: Open Source

21:00-24:00 - Palco Principal: Pete Tha Zouk



2 de Junho (sábado)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

11:00-18:00 - Palco Principal: Open Day Holmes Place

12:00 - Academy Team Racing Dia 1: Regata Cascais-Race Village (Dragon e SB20)

19:00-21:00 - Palco Principal: Orlando Santos & The Bagattels

21:00-24:00 - Palco Principal: Diego Miranda



3 de Junho (domingo)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

14:00 - Academy Team Racing Dia 2: Regata Race Village-Cascais (Dragon e SB20)

19:00-21:00 - Palco Principal: Ébano



4 de Junho (2ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

11:00 - Clínica de Vela Adaptada – Access Sailing Clinic

19:00-21:00 - Palco Principal: Mr. Isacc



5 de Junho (3ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00 - Regata Vela Adaptada – com a participação de um velejador de cada equipa Volvo Ocean Race

19:00-21:00 - Palco Principal: Sintra Project



6 de Junho (4ª feira)

11:00 - Abertura do Race Village e Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

19:00-21:00 - Palco Principal: Bling Projekt

22:00-24:00 - Palco Principal: WOK – Ritmo Avassalador/Concerto para Bombos by Toca a Rufar



7 de Junho (5ª feira)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

13:00-15:00 Regata de Treino Volvo Ocean Race Lisboa

18:00 - Race Village: Entrega de Prémios Etapa 7 Miami-Lisboa (a confirmar)

19:00-21:00 Palco Principal: Mo Francesco Quintet

22:00-24:00 - Palco Principal: Jorge Palma & Friends – Tim, Tiago Bettencourt e Cristina Branco



8 de Junho (6ª feira)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

10:00-13:00 - Race Village: Especial RTP – Volvo Ocean Race Lisboa

15:30-16:30 - Race Village: Especial RTP – Volvo Ocean Race Lisboa

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

13:00-15:00 - Regata Pro-Am Volvo Ocean Race Lisboa

19:00-21:00 - Palco Principal: Headcleaners

22:00-24:00 - Palco Principal: RFM & Carlsberg Music Night



9 de Junho (sábado)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00-13:00 - Regata Canoas do Tejo

13:00-15:00 - In-Port Race Volvo Ocean Race Lisboa

17:00-19:00 - Palco Principal: Groove 4tet

19:00-22:00 - Race Village: Transmissão em Ecrã Gigante do Portugal v. Alemanha – Euro2012

22:00-24:00 - Palco Principal: All Star Band com Rui Veloso, Boss AC, Carminho, Paulo Gonzo, Lúcia Moniz, Zé Ricardo e The Black Mamba



10 de Junho (domingo)

09:00 - Abertura do Race Village

10:00 - Abertura do Sponsors Club

11:00 - Iniciação à Vela – Academy Try Sailing (ao longo do dia)

12:00-13:00 - Regata Canoas do Tejo

13:00-15:00 - Início da Etapa 8 Lisboa-Lorient da Volvo Ocean Race



Outras animações disponíveis ao longo de todos os dias da Volvo Ocean Race Lisboa

- Cinema 3D

- The Ride

- Roda Gigante

- Carros de Pedais

- Insufláveis

- Champimóvel



* Toda a programação aqui apresentada está sujeita a alterações, que serão comunicadas em:

www.volvooceanracelisbon.com

terça-feira, 29 de maio de 2012

Aqueduto, Mina de Água e Chafariz de Carnaxide






Chafariz de Carnaxide




Este chafariz data do século XVIII, possuindo um frontispício que tem esculpido o brasão real e uma inscrição em latim que refere “O Rei D. José o mandou fazer em 1766 incluído nas suas obras de reconstrução após o terramoto”. O Chafariz apresenta o seu alçado principal, integralmente de cantaria, reconhecendo-se centrada, uma bica que serve uma pequena vascã de cantaria ladeada por dois bancos rectangulares ostentando igualmente revestimento azulejar.

diz assim a obra "Os primeiros trabalhos litterarios" de Francisco da Silva Figueira com data de 1885 sobre o chafariz e a mãe de agua de Carnaxide em tempos do terremoto de 1755




Diz a publicação  "Gabinete historico: Desde 1745 até 1750. 2. ed. 1871" sobre o mesmo chafariz :









Aqueduto e Mina de Água de Carnaxide


Planta Geral do Aqueduto das Águas Livres


Muito abundante em água subterrânea, era da serra de Carnaxide que vinha um braço de água para o Aqueduto de Caneças contribuindo assim para o abastecimento a Lisboa.
Talvez por essa razão e em jeito de agradecimento D. José I manda construi em 1765 o aqueduto e o chafariz no centro da vila.
Considerado uma das mais importantes obras pombalinas no concelho, abasteceu Carnaxide de água durante muito anos.
Tratando-se de uma construção enterrada apenas são visíveis as clarabóias que iluminam e ventilam o percurso da água.
Tem o comprimento aproximado de 700 metros com dois metros de altura por um de largura sendo constituído por um túnel de calcário com tecto em rocha.
A Mãe de Água é um edificação com uma profundidade de 20 metros, situada em plena serra de Carnaxide a quase 300 metros da principal nascente e onde termina o túnel que conduz a água até ao chafariz.
No seu interior possui um tanque circular em lioz que funciona como reservatório e filtro.
O Chafariz localizado na Rua 5 de Outubro ostenta um brasão real com inscrição em latim, onde se pode ler:

" O Fidelíssimo Rei José I
Mandou para utilidade deste povo
Correr livre esta água
No ano do Senhor de 1766"

Nas traseiras do chafariz original foi edificado um fontanário (esse já com água da rede publica) revestido a azulejo datado de 1952.

O Aqueduto de Carnaxide está classificado como Monumento de Valor Local desde 1991.


Localização do Aqueduto das Águas Livres sobre Carta Corográfica dos Arredores de Lisboa Guerin de Lamotte 1821. Fonte Instituto Geográfico Português


Arquitectura infraestrutural, barroca. Aqueduto composto por dois troços subterrâneos, aflorando a superfície num pequeno percurso, encimados por respiradouros ou clarabóias de planta quadrangular regular ou de planta circular, com coberturas de quatro águas ou em cúpula, feitas de cantaria de calcário, sendo interiormente planas ou em cúpula; possuem janelas quadradas, molduradas e gradeadas, formando capialço interno. O pequeno troço à superfície é em alvenaria de calcário, com cobertura de canhão, apresentando segmentos rasgados apenas por frestas jacentes, maioritariamente entaipadas. As galerias são abobadadas a tijolo ou cantaria com um passadiço, ladeado por uma ou duas caleiras. A mãe de água é de planta octogonal, reforçada por contrafortes exteriores com cobertura em domo, com o interior marcado por pequeno tanque circular, rodeado por bancos de cantaria. Possui, ao longo do seu percurso, várias minas, de caudais variáveis, algumas de grande extensão, com galerias de menores dimensões, com uma única caleira e cobertura a duas águas, possuindo, um ou mais respiradouros, que as assinalam exteriormente




Situado no alto da Serra de Carnaxide, este aqueduto foi mandado construir por D. José. É um aqueduto subterrâneo, cuja construção remonta ao ano de 1765/66 e que conduz a água da nascente, até ao chafariz situado na zona antiga de Carnaxide. São apenas visíveis três clarabóias que assinalam no exterior o curso da água. A Mina de Mãe-de-Água, em cantaria, constitui uma peça de arquitectura do século XVIII. O seu interior é ocupado por bancos em pedra e um tanque-reservatório para as águas que dirigem o chafariz.
A sua construção foi efectuada a pedido da população de Carnaxide efectuado junto do Conde de Oeiras e Marquês de Pombal.
O Aqueduto possui cerca de 1km de comprimento e é constituído por galeria de cantaria, com cerca de 2m de altura e 80cm de largura, pontuada por 3 clarabóias em cantaria, de planta circular, volumetria cilíndrica e cobertura sensivelmente cónica rematada por pináculo. A Mãe de Água, de planta octogonal, apresenta volumetria poligonal.
No interior reconhece-se um banco corrido ao longo da caixa murária, ostentando revestimento azulejar, e ao centro, um tanque de água de reduzida profundidade.



AQUEDUTO DE CARNAXIDE

Localização: Rua Manuel dos Santos Mónica, em Carnaxide

Dados Históricos: O Aqueduto de Carnaxide foi mandado construir por D. José I no século XVIII. Trata-se de um aqueduto subterrâneo, que conduz a água da nascente, localizado a cerca de 1 km da entrada da galeria do sítio designado das Francesas, até ao chafariz situado na zona antiga de Carnaxide.
São apenas visíveis três clarabóias que assinalam exteriormente o curso da água. A mina mãe-de-água, feita em cantaria, constitui uma bela peça de arquitectura do século XVIII. O seu interior é ocupado por bancos em pedra e um tanque – reservatório das águas que se dirigem para o chafariz.

Edição CMO “ Património – História” Dra. Filomena Serrão




Há 70 milhões de anos, um vulcão residente na zona de Carnaxide entrou em erupção lançando a sua lava até Mafra e deixando água de qualidade na sua terra. A serra de Carnaxide, de onde vinha um braço de água para o Aqueduto de Caneças, dava de beber à capital do país e para retribuir a amabilidade, D. José I mandou construir um aqueduto só para ela! As obras começaram em 1765 e no ano seguinte inaugurou-se o aqueduto e o chafariz onde chegava fresca e pura a água da serra. Hoje a água foi considerada «imprópria para consumo», mas ainda se pode ler no frontispício da fonte, em latim inscrito numa placa de pedra, que «O fidelíssimo Rei D. José I, liberal, magnifico e piedoso, mandou que para utilidade deste povo, corresse livre esta água. Ano do Senhor de 1766».
Certo é que desde o início do projecto, que os responsáveis pelas obras do Aqueduto das Águas Livres tiveram a clara noção de que o caudal proveniente da Água Livre era insuficiente para o abastecimento de Lisboa, mesmo contando com o reforço das nascentes subsidiárias já então detectadas. Assim, com o dinheiro do real da água também D. José I mandou construir em Carnaxide casas para a mulher que aleitou a “sereníssima Senhora Infanta” e para um seu criado chamado Diniz (1769).
Actualmente, com a água canalizada, o aqueduto não passa de um monumento que é preservado pelos populares e em especial por João Figueiredo, funcionário da Câmara Municipal de Oeiras, que mantém o túnel sempre limpo e apto a receber as visitas que ele próprio guia. Agraciado pelo antigo presidente da C.M.O., Isaltino Morais, com o título «o conservador», João Figueiredo, amante acérrimo do património da sua localidade, desde 1986 que promove visitas guiadas a este aqueduto subterrâneo, com direito a uma lição de História!
Exemplo vivo de uma das mais importantes obras pombalinas no Concelho, o Aqueduto de Carnaxide, desde Maio de 1998 considerado «Monumento Nacional», foi mandado construir em 1765 face aos protestos dos habitantes que viam as suas águas serem desviadas para Lisboa através do Aqueduto das Águas Livres. E durante muito tempo Carnaxide foi, de facto, abastecida de água pelo Aqueduto. Hoje é património edificado da vila, que merece a protecção de João Figueiredo contra o crescente vandalismo. Razão que levou a imprensa nacional a intitula-lo «dono do aqueduto».
Do Aqueduto de Carnaxide apenas são visíveis, à superfície, as três clarabóias que iluminam o curso de água subterrâneo. Mas em baixo há muito mais a registar. A entrada faz-se por uma porta simples com a inscrição «C.M.O. 1883» na parte superior. Lá dentro são cerca de 700 metros de escuridão por baixo de terra. Dois metros de altura por um de largura. Trata-se de um túnel de calcário e lioz com tecto em rocha arredondada que só é possível observar ante a luz artificial de lanternas. De 200 em 200 metros existe um respirador. O primeiro situa-se por baixo da rua Portal das Terras. A ele se segue o percurso subterrâneo pela Avenida Portugal a fora, pelo Bairro da Luta pela Casa e pela estrada nacional que liga Benfica à Amadora. No final sobe-se a serra, sempre debaixo de terra, em direcção à Mãe de Água, a 20 metros de profundidade com 20 metros de altura, iluminados por oito janelas. No seu interior existe um pequeno tanque com metro e meio de diâmetro e cerca de 20 centímetros de profundidade que serve de reservatório das águas da nascente e as remete para o fontanário exterior. Ao redor do tanque, estão bancos de pedra. A Mãe de Água está a 300 metros de distância da nascente, parte deles em terra batida. Do espaço consegue-se observar a rocha de onde brota a água que com a ajuda do túnel vai dar ao chafariz, instalado na zona histórica de Carnaxide, frente à Igreja de S. Romão e à Casa de Saúde. Das várias estruturas arquitectónicas de Mãe de Água existentes, Carnaxide possui uma das mais trabalhadas.
Frequentada outrora por damas da nobreza, a vulnerável Mãe de Água sofreu posteriormente – ainda sofre! - algumas invasões difíceis de controlar pelos zeladores do aqueduto. É que apesar da altura impor respeito, sempre há quem salte pelas janelas com a ajuda de cordas para penetrar em território proibido...


Livro Memórias de Carnaxide – Novembro de 2005 – João Figueiredo e Sofia Santos











AQUEDUTO DAS FRANCESAS





Localização: Carnaxide


Dados Históricos: O Aqueduto das Francesas é um ramal subsidiário do sistema do Aqueduto das Águas Livres. O designado aqueduto tem o seu início em Carnaxide, percorre a serra com o mesmo nome, passa por Alfragide e vai até à Buraca, onde tem entrada no Aqueduto Geral. Trata-se de um aqueduto subterrâneo, sendo apenas visíveis as 30 clarabóias. As obras deste ramal foram iniciadas no século XVIII e prolongaram-se por todo o século XIX.


Edição CMO “ Património – História” Dra. Filomena Serrão


Visitas - Telefone: (+351) 214 404 834
Visitas apenas mediante marcação prévia

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pingo Doce Miraflores abre dia 30 -5- 2012

Pois é caros leitores aparentemente as obras durararam menos tempo do que o previsto, a ver vamos agora as mudanças se foram para melhor...


sexta-feira, 25 de maio de 2012

DocaPesca de Algés/Pedrouços a contestação continua activa

Há nove anos que os pescadores receberam ordem de despejo de Pedrouços e promessas de construção de um porto de pesca, mas que tarda em se concretizar.



Os profissionais questionam: então, e a pesca?, deixou de ser uma figura tradicional de Lisboa? Há nove anos que o fazem, desde que encerrou a Docapesca de Pedrouços, transferida para o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, já no concelho de Loures. O interesse nacional pela realização de uma prova de vela forçava-os a sair. O projecto falhou e os homens do mar e do rio por lá ficaram. A pouco mais de um mês de novo interesse público declarado por outra prova de vela, ainda lá estão. E ainda em luta.

Agarrados à vedação de arame da Administração do Porto de Lisboa (APL), sob o viaduto em Algés, à vista dos passageiros da linha férrea, as tarjas de pano pintado denunciam sinais de longa reivindicação: "Roubaram-nos o porto de pesca; secretário de Estado ignora as pescas; mais miséria; pesca e vela, vela e pesca - sim; não entendemos esta falta de respeito quando o país mais precisa." Ao fundo, agora mais um grande terrapleno, na fronteira territorial entre Lisboa e Algés, as máquinas avançam com os trabalhos, orçados em 3,9 milhões de euros, dos dez milhões anunciados pelo anterior Governo como investimento para a requalificação do espaço e a sua transformação em marina de recreio. O antigo porto de pesca é uma miragem. Boa parte dos edifícios já foi demolida.



A construção naval, a navegação, as Descobertas, são pedras basilares da tradição náutica portuguesa. E Lisboa teve o seu papel na epopeia. Mas se também a cidade portuária dela sempre fez parte, com maior ou menor dimensão do seu porto de contentores, a actividade piscatória é importante actividade económica para a capital, ou não tivesse sido, segundo dados oficiais de 2011, o segundo local em volume de descarga de pescado mais importante do país, logo depois de Matosinhos.

Como pode ser assim se não tem um porto de pesca? "Com todo o esforço e com a continuada luta dos pescadores, que há muito reclamam o que lhes é de direito. Se aqui ainda estamos [na doca de Pedrouços] é porque é nossa, nós pagámo-la com os nossos impostos. E só dela saímos quando nos derem a garantia de que teremos o porto que nos têm prometido", diz Joaquim Piló, do Sindicato Livre dos Pescadores e Profissões Afins.



É no pequeno edifício cercado por máquinas, dir-se-ia que uma ilha daquele espaço também histórico, onde se descarregava e comercializava o peixe [pela Docapesca], que o antigo pescador, na Mauritânia, do bacalhau na Terra Nova, vai ficando com aspereza na voz: "Fomos novamente recebidos pela APL para combinar a nossa saída daqui, para encostarmos numa doca em Santos, diante dos restaurantes que não nos querem lá, que não tem boas condições, sem dar garantias de segurança de embarcações e dos pertences dos pescadores e os apetrechos da pesca. Fá-lo-emos enquanto durar a prova de vela [a Volvo Ocean Race, em escala entre 31 de Maio e 10 de Junho], mas voltaremos se não responderem ao nosso caderno reivindicativo."


Jornal da Região Oeiras Abril 2012
















quinta-feira, 24 de maio de 2012

Os escândalos da Quinta da Formiga




Venho hoje trazer-vos um história contada pelo ilustre mestre Jaime Casimiro na sua excelente obra "Elucidário de alguma Oeiras" sobre a quinta da Formiga, aqui mesmo à entrada de Miraflores vindo da CRIL, é uma história no mínimo bizarra que fez as delicias dos diários da altura e apenas aconselhável a maiores de 18 e pessoas não impressionáveis. Pensei em reescrever as linhas do mestre Jaime Casimiro mas uma vez que iria perder toda a beleza da sua escrita optei por partilhar as duas paginas que escreveu sobre o assunto na integra.  Deixo-vos então com o artigo em questão :








A História de uma Palmeira em Algés

1886 Família Anjos (fotografia de António Lopes dos Anjos 31-10- 1886 espolio da família e retirado da obra "O Veraneio da família Anjos de Alexandra Antunes) . Na fotografia pode ver-se que as dimensões da quinta foram reduzidas quando da reconversão da alameda nos anos 20 o muro foi deslocado para a posição que ocupa hoje, a palmeira em questão teria na altura cerca de 10 a 20 anos segundo confirmação de um botânico meu amigo



jardim do Palácio Anjos em Algés 1886 - 2012
Fiz hoje uma descoberta deliciosa ao ler uma obra sobre a família Anjos primeira proprietária do palácio Anjos em Algés, ora a certo ponto na obra aparecem varias fotografias de 1886 (como era uma família rica e o patrono Polycarpo Anjos um apaixonado por fotografia o espólio é deveras impressionante para a altura) tiradas no jardim do chalet Miramar, algumas tiradas á beira de uma palmeira já na altura imponente, ora como tinha á uns dias lá passado a minha memoria fotográfica lembrou-se que por ali apenas há uma palmeira nos nossos dias, hoje confirmei pelas placas que tem mais de cem anos e data da altura da edificação do chalet Miramar, ora portanto... a palmeira que aparece nas fotografias de 1886 é a mesma que esta lá hoje...fantástico não é?







Palmeira-do-chile ou palma-chilena (Jubaea chilensis)


[Bot.]- Palmeira-do-chile é o nome popular de uma palmeira
da família das Arecáceas (ex-Palmáceas), endêmica de uma pequena região do Chile. É a única espécie do gêne-
ro Jubaea. É considerada a mais ¨corpulenta¨ das palmei-
ras, podendo atingir até 25 metros de altura e com um tron-
co de até 5 metros de diâmetro, junto ao solo. Seu cresci-
mento é muito lento, não florindo antes dos 60 anos de ida-
de. Sua seiva é rica em açúcares e é chamada de ¨ mel-
-de-palma
¨ 

Nomes comuns: Palmeira-do-chile.
Sinônimos estrangeiros: Chilean Wine Palm, Coquito Palm, Honey Palm (em inglês); Palma Chilena, Palma de Coquitos, Palma de Miel Cancán, Lilla, Glilla(em espanhol).
Família: Arecaceae.
Características: palmeira de aspecto notável, podendo atingir 400 anos. A idade é calculada contando as cicatrizes, que as folhas deixam no tronco, e dividindo esse número por oito.
Porte: até 30 m de altura.
Fenologia: demora entre 30 a 60 anos para florescer.
Cor da Flor: púrpura.
Cor da folhagem: verde-escura.
Origem: costa e encostas montanhosas (ate 1400 m de altura) da região central do Chile, entre os paralelos 30° e 36°; é endêmica desse país.
Clima: subtropical/temperado (tolera geadas).
Luminosidade: sol pleno.



Palmeira-do-chile ou palma-chilena, é o nome comum da espécie Jubaea chilensis(Molina) Baill., uma planta da família das Arecaceae que constitui a única espécie do género monotípico Jubaea. É nativa da região central do Chile, onde é endémica numa pequena área entre as coordenadas 32°S e 35°S nas regiões do sul do Coquimbo, Valparaíso,Santiago, O'Higgins e norte de Maule. A palmeira-do-chile é a mais corpulenta das palmeiras, podendo atingir 25 m de altura, com a estipa a chegar por vezes aos 5 metros de circunferência junto ao solo. É de crescimento muito lento, não florindo antes dos 60 anos de idade. Crê-se que é a palmeira de folhas pinadas mais resistente ao frio, sobrevivendo à exposição prolongada a temperaturas entre −12 °C e −15 °C. Durante muito tempo pensou-se que a extinta palmeira da Ilha da Páscoa pertencia a este género, sendo actualmente considerada distinta deste e colocada no seu próprio género, Paschalococos



Estipa: única, cilíndrica e de grandes dimensões, podendo atingir de 10 à 25 metros de altura (40 m em situações excepcionais), sendo mais grossa na base do que nas proximidades da coroa. Pode atingir diâmetros de 1,3 m, tendo sido registado um exemplar com 5 m de circunferência junto ao solo. A estipa é recoberta por uma casca macia e lisa, cinzenta, frequentemente marcada por grandes cicatrizes deixadas pela base do pecíolo das folhas.

Coroa: coroa de folhas comprimidas e sub-horizontais na zona central e recurvas, ou mesmo pendentes, na zona externa. É densa, contende de 40 a 50 folhas pinadas, com 3 a 5 m de comprimento.
Folhagem: persistente, de 4 a 5 m de comprimento, pinadas, folíolos com cerca de 0,60 m, lineares a lanceolados, glaucos na página inferior. Os pecíolos são curtos, fibrosos, destacando-se facilmente da estipa quando a folha morre.

Flores: a espécie é monóica, produzindo uma inflorescência em forma de espádice. As flores unisexuadas emergem por entre as folhas inferiores, tendo cor púrpura.
Frutos: ovóides, com uma polpa cor de laranja e fibrosa que envolve a semente. A semente é um grão contendo um tegumento branco, comestível, semelhantes a pequenos cocos. Por essa razão, no Chile são denominados coquitos.
Distribuição: A Jubaea chilensis ocorre naturalmente no Chile, na zona compreendida entre as latitudes 32º S e 35º S, abrangendo o sul da região de Coquimbo e nas regiões de Valparaíso, Santiago, O'Higgins e o norte da região de Maule. Em resultado da sua limitada área geográfica de expansão e da destruição de habitat que tem sofrido, é hoje listada pela IUCN como espécie vulnerável.
Habitat: No sopé dos Andes, até aos 1500 metros de altitude, nas encostas voltadas para o Oceano Pacífico. Cresce melhor nas zonas de clima mediterrânico seco. Devido ao abate indiscriminado e à perda de habitat, as suas populações estão reduzidas a povoamentos esparsos em zonas protegidas.
Estado de conservação da espécie: A palmeira-do-chile está classificada pela UICN como espécie ameaçada com estatuto devulnerável (VU A1cd). A sua exploração e abate estão regulamentados.
Sobrevive bem em locais com Inverno temperado, embora possa suportar alguma geada e temperaturas que ocasionalmente desçam até aos −12 °C (existem registos da sobrevivência de exemplares adultos a vários dias com temperaturas até −15 °C), o que faz dela uma das palmeiras mais resistentes ao frio. Tolera bem estios frescos e secos. Existem exemplares cultivados deJubaea chilensis em todas as regiões temperadas de clima mediterrânico e oceânico, sendo frequente na Europa ocidental. Em Lorient, na Bretanha, existem dois grandes exemplares que ainda apresentam marcas de balas disparadas na Segunda Guerra Mundial.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Zinia 50 anos a servir Algés


Pois é caros leitores, a Zinia de Algés fez 50 anos no passado dia 1 de Março, data que a Gazeta de Miraflores não quis deixar de assinalar uma vez que este será talvez um dos estabelecimentos mais carismáticos da Freguesia, quer pela sua inovadora postura comercial quer pela qualidade dos seus produtos. Quem em Algés não conhece os deliciosos franguinhos da Zinia, os deliciosos salgados (para mim os melhores croquetes da região) e a restante ementa de deliciosos manjares para levar para casa depois de um preenchido dia de trabalho, sempre com a mesma qualidade e sabor. 
Os meus parabéns á Zinia, que conte muitos mais anos a servir Algés.
Esta é uma casa que aconselho e recomendo vivamente, quem não conhece que não deixe de experimentar alguma das suas iguarias e de fazer uma visita.





Caso queiram ver o video sobre os 50 anos da Zinia na RTP 

"Primeira casa de pronto a comer nasceu há 50 anos"

 favor clicar AQUI


1971

2012

fotografias do sitio da Zinia no Facebook