Publicamos hoje o estudo de uma obra que para mim é de extrema importância não só para a historia da freguesia de Algés ( e para a localidade Miraflores) mas também para a historia de Lisboa em Geral. Esta gravura com data 1763 (8 anos depois do terramoto de 1755) mostra claramente o que sobrou e o que existia antes do dito cataclismo, as áreas arrasadas são apresentadas como localidades mas são representadas por montes de entulho, ou seja esta é uma obra sem duvida a ter em conta quando falamos da historia de Algés, assim sendo fizemos uma analise detalhada da gravura, e tentamos encontrar os edifícios mencionados nos dias de hoje. Fazemos também depois uma analise do que pensamos importante e de relevo para Algés.
Ficha Bibliográfica
CAULA, Bernardo de, fl. 1763-1789
Lisboa [Visual gráfico] : Vista e perspectiva da Barra Costa e Cidade de Lisboa Capitale do Reino de Portugal, Situada na borda do Rio Tejo em 38 graos 42 minutos e 50 Segundos de latitude e em 8 graos 26 minutos e 15 Segundos de longitude. Ainda que por causa do memoravel terremoto do 1 Novembro 1755 esteja muito desfigurada da nobreza que teve e acabada de redificar não cederá a melhor da Europa /
Bernardo de Caula P.ro tenente dartilharia do algarve. - 1763. - 1 desenho : pena e aguadas de tinta sépia e cinza em duas f. coladas ; 22,5x140,5 cm. -
Bernardo de Caula, de origem francesa, ingressou no exército português, como primeiro-tenente da Companhia de Mineiros e Sapadores do Regimento de Artilharia de Lagos, em 7 de Novembro de 1763. Em 17 de Outubro de 1771, foi promovido a capitão e em 26 de Março 1789, passou à situação de reforma por motivo de doença (cf. Arq. Hist. Militar, Processo de Bernardo de Caula, AHM Cx. 363).
- Escudo Real de Portugal, no canto sup. esq.do e brasão no canto sup. dir.to. - Texto e assinatura do autor não autógrafos.
- Legenda em língua portuguesa com correspondência numérica de 105 topónimos . - Nota ms. ilegível, na margem superior centro, exterior à esquadria, remetendo para o n.o 23 da legenda: Palácio da Quinta Velha, arrendada pelos Conde de São Tiago ao Duque de Cadaval onde o Conde de Lippe estabeleceu residência.
- Nota ms. em língua alemã, na margem sup. à dir.ta, exterior à esquadria, remetendo para os nºs. 63-83 da legenda: "ruinirter Thail der Stadt Lissabon" [Parte em ruínas da cidade de Lisboa]. - Dedicatória: "Offerecida ao meritissimo Sñr Dom Carlos alberto guilhermo de Colson, Conseilheiro da Corte de Sua Alteze Serenissima, o Sñr Conde Reynante de Schaumbourg Lippe marechal general dos exercitos de Sua majestade Fidelissima por seu m.to venerador Bernardo de Caula P.ro tenente dartilharia do algarve".
- Dim. da panorâmica (esquadria exterior): 20X136,6 cm. - Marca de água da época, cf. E. Heawood – Watermarks, 1950, n.º 1828 .
- Caligrafia da época de estilo arcaizante .
- Este desenho não é referido nas fontes compulsadas. - Outra versão desta panorâmica, do mesmo autor, com a mesma data, também dedicada a C. Colson, mas em língua francesa, assim como a respectiva cópia de 1886, são referidas em Ernesto Sales - O Conde de Lippe em Portugal. V. N. de Famalicão, 1936, p. 223, em Mário de Sampaio Ribeiro - Da Velha Algés. Lisboa, 1938, em Frederico Perry Vidal - Vista panorâmica de Lisboa de 1763. Olisipo. Lisboa, n. 2-4, Abr.-Out. 1938, em Museu da Presidência da República - Do Palácio de Belém. Lisboa, 2005, p. 133
uma vez que é impossível publicar um documento destas dimensões de forma a que seja clara a sua leitura e visualização dos detalhes retiramos recortes das partes que consideramos de relevo para a Localidade para deste modo ser mais fácil perceber a minha interpretação do que nos diz a gravura
começamos por realçar a parte da inscrição do lado esquerdo deste fenomenal documento que retrata a Lisboa do pós terremoto 1755, a inscrição diz assim :
"Vista e perspectiva da Barra Costa e Cidade de Lisboa Capitale do Reino de Portugal, Situada na borda do Rio Tejo em 38 graos 42 minutos e 50 Segundos de latitude e em 8 graos 26 minutos e 15 Segundos de longitude. Ainda que por causa do memoravel terremoto do 1 Novembro 1755 esteja muito desfigurada"
ou seja, estamos perante uma imagem em detalhe que retrata a Lisboa daquele tempo desde o Forte do Bogio até ao Campo dos Olivais, é deveras um documento fantástico e que merece ser consultado em detalhe, caso o pretenda fazer poderá faze lo clicando aqui .
A segunda parte da descrição que se encontra á esquerda do documento diz assim :
" esteja muito desfigurada da nobreza que teve e acabada de redificar não cederá a melhor da Europa "
na parte superior e na parte inferior :
: "Offerecida ao meritissimo Sñr Dom Carlos alberto guilhermo de Colson, Conseilheiro da Corte de Sua Alteze Serenissima, o Sñr Conde Reynante de Schaumbourg Lippe marechal general dos exercitos de Sua majestade Fidelissima por seu m.to venerador Bernardo de Caula P.ro tenente dartilharia do algarve"
no canto inferior direito podemos também encontrar a data do documento 1763
corresponde á zona do alto de Algés (também chamada de gato preto devido á existência de uma tasca com esse nome), junto ao rio Tejo o que existia (e uma vez que não se vislumbram escombros de nenhuma espécie) seria então e apenas :
14 Convento são José
15 Quinta de Dom Luís de Portugal
16 Forte de Algés (curiosamente apelidado dÀrgels
17 Gurita do Duque de Cadaval (o solar do Duque)
18 Vila de Algés (dÁrgels) como vêm bastante para o interior
19 Quintas do Duque Cadaval
19 casas do Letrado
este documento vem confirmar em muito a minha teoria de que o "Amoxarifado de Algés" ou "Reguengo de Algés" terá desde sempre se dedicado aos frutos dados pela fertilidade das terras do seu vale, a localização da vila de Algés nesse ponto assim o indica, não sendo portanto uma vila dedicada ao mar mas sim á agricultura, quanto a mim de cereais na sua maioria.
Podem verificar a existência de vários moinhos nas elevações que cercam Algés, moinhos esses que ainda podemos ver nos altos dos Barronhos logo do outro lado da Autoestrada.
Estamos assim perante o facto de a localidade de Algés inicial estar muito próxima do sitio onde se encontra a localidade de Miraflores, e o facto de se terem descoberto á anos pilares de sustentação de uma habitação romana perto da área onde é hoje a garagem da Carris poderemos estar perante o facto que a localidade de Algés remonte pelo menos ao tempo dos Romanos... seria fantástico isso !
Iremos de seguida analisar os edificios identificados na gravura e ver o que existe hoje em dia nesses sitios (ou tentar)
14 Convento são José
Quinta de São José de Ribamar
Com uma História a caminho do meio milénio, o Convento actualmente transformado no Palácio Foz, faz parte integrante das raízes de Algés. Da sua história consta que D. Francisco de Gusmão, Cavaleiro da Casa da Infanta D. Maria, donatário de vastos terrenos na orla do Reguengo de Algés, doou esses terrenos aos monges, em 1559, para a fundação de um Convento evocando S. José. Mais tarde, o Cardeal D. Henrique ainda Infante, construiu nesse local três casas com uma Capela, e em 1595, o Provincial - Frei António da Anunciação, pela terceira vez erigiu o Convento, com uma albergaria de excelência para a época. Em 1834, dá-se o confisco dos bens das Ordens Religiosas, em proveito da Fazenda Pública e assim o Convento e as suas terras foram vendidas a João Marques da Costa Soares, um Capitalista, que em 1850 vendeu toda a propriedade a Andrade Neri, o qual mandou restaurar a encantadora Casa dos Arrábidos, assim como a bela Igreja. Em 1872, o Conde de Cabral comprou tudo e fez a muralha e a bela construção dos arcos que fica sobranceira à entrada. A Pousada foi transformada no palacete de airosas linhas, arcarias e colunas que permanecem até aos dias de hoje,
Hoje é propriedade privada fruto de um projecto de suposta reabilitação Urbana que mais uma vez coloca nas mãos de privados um edifício histórico único na Freguesia.
aqui deixamos o registo do projecto imobiliário do que é hoje a antiga quinta de São José de Ribamar
RAR Imobiliária apresenta empreendimento "São José de Ribamar"
Vocacionada para a promoção de empreendimentos residenciais de qualidade superior, a RAR Imobiliária participa no Salão Imobiliário de Lisboa pelo quarto ano consecutivo, com um stand de 144m2 no Pavilhão 3, onde estão em evidência três dos seus mais recentes empreendimentos. Os vários projectos em desenvolvimento pela RAR Imobiliária representam investimentos no montante de 175 milhões de euros.
Com grande destaque este ano está a maqueta de apresentação do Empreendimento São José de Ribamar, um conjunto residencial de luxo da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne.
Este empreendimento, ainda em fase de projecto, ficará num terreno com uma área de 16.200 m2, situado junto à marginal em Algés, e que inclui um palacete datado do século XVI. A localização privilegiada em frente ao rio Tejo, defronte da torre de entrada da barra é uma das características a destacar neste projecto, bem como os jardins cuja área total ronda os 13.000 m2. Prevendo-se que o seu licenciamento será aprovado no primeiro semestre de 2009, a sua construção e comercialização terão início no segundo semestre do mesmo ano, estando a sua conclusão planeada para o início de 2012.
O empreendimento São José de Ribamar é composto por 22 fracções, das quais 12 correspondem a uma nova área a edificar e que se compõe por dois conjuntos de moradias em banda, todas elas com vista directa para o rio Tejo e com tipologias que variam entre o T4 e o T5 +1.
As restantes 10 fracções serão construídas, 8 no convento do século XVI que irá ser recuperado, tendo igualmente todas vista de rio e com tipologias que vão do T2 ao T5 + 2 e as 2 últimas vão ocupar a moradia do início do século passado, que irá ser também objecto de recuperação, sendo o piso térreo constituído por um T3 e os dois pisos superiores por um T5 + 2 duplex.
Com valores de venda que rondarão os 4.000 a 5.000 euros/m2, o Empreendimento São José de Ribamar destina-se ao público-alvo pertencente ao segmento alto de mercado e está orientado para famílias consolidadas, daí o elevado número de apartamentos com as tipologias acima do T4.
O empreendimento São José de Ribamar será objecto de certificação, tanto ao nível da qualidade técnica de construção – DOMUSQUAL – como em termos de sustentabilidade – DOMUSNATURA através da consultora multinacional SGS, líder mundial desta actividade.
No espaço da RAR Imobiliária no SIL 2008 também estão em destaque o Edifício do Parque, um projecto residencial da autoria do arquitecto Rogério Cavaca, composto por 117 apartamentos e estrategicamente localizado junto ao Mar e ao Parque da Cidade do Porto, bem como o condomínio privado TibãesGolfe, um projecto do arquitecto Vítor Martins situado em Braga que abarca 29 moradias com campo de golfe.
Recorde-se que a RAR Imobiliária foi distinguida com o prémio “Melhor Projecto Imobiliário do Ano” no SIL de 2006 com o Empreendimento Monchique, no Porto, e no SIL de 2007 com o Edifício do Parque, em Matosinhos.
Para José António Teixeira, presidente da RAR Imobiliária, «este certame é um excelente meio para mostrar ao mercado os projectos desenvolvidos pela nossa empresa. O facto de termos recebido por dois anos consecutivos o Prémio “Melhor Projecto Imobiliário” no SIL vem confirmar que a nossa estratégia alicerçada na inovação, design e na sustentabilidade foi uma aposta correcta e reconhecida pelo mercado. A oferta de empreendimentos de elevada qualidade que apresentem soluções inovadoras continua a ser o compromisso da RAR Imobiliária».
Fonte : RAR Imobiliária
http://casa.sapo.pt/news/detalhe.aspx?id=5315
by Barra
15 Quinta de Dom Luis de Portugal
penso tratar-se do actual Palacio Ribamar uma vez que foi Foi construído em 1728 por D. Francisco Paula Portugal, 8º Conde do Vimioso, ams ponho serias duvidas, continuamos a investigar este assunto.
Um ponto que abona neste sentido é a presença do Cruzeiro de Algés junto á Quinta, e como sabemos este cruzeiro esta em frente ao palacio Ribamar
16 Forte de Algés (curiosamente apelidado dÀrgels)
O Forte da Nossa Senhora da ConceiçãoO Forte da Nossa Senhora da Conceição de Pedrouços foi construído nos finais do Sec. XVII com o objectivo de tornar mais eficaz as defesas contra um eventual desembarque Espanhol.
Foi abandonado como forticação, após a construção, em 1780 da bateria do Bom Sucesso, transformando-se em residência particular.
No recinto do forte, que apresentava a forma de um trapézio isósceles, ergueram mais tarde os condes de Pombeiro e marqueses de Belas um palácio. O edifício que nos finais do Sec. XIX era conhecido como Palácio da Conceição sofreu várias adaptações, foi hotel, foi casino, nele estiveram sediados os correios, o registo civil e a junta de freguesia de Carnaxide.
O Mar, que chegava ainda ao Palácio, foi ficando cada vez mais afastado e, junto ao que dele ficara, veio a passar a linha férrea e, depois, a estrada marginal.
Em Outubro de 2002 quando o Palácio se encontrava a ser demolido foram identificados dois panos de muralha do forte ainda existentes, menos da metade da muralha virada para o mar, e toda a do lado leste, cuja conservação e valorização ainda foi possível assegurar, enquadrada num empreendimento imobiliário, onde existe um espaço pedonal em que a muralha está visível através de placas de vidro.
Forte de Nossa Senhora da Conceição, Algés
Por José António BaptistaCom o pensamento nas informações que aqui nos foram gentilmente cedidas pela Sra. D. Maria Clotilde Moreira, munícipe de Algés, a propósito da destruição do Palacete sito na popularmente designada "Rua das Estátuas" — Rua Major Afonso Pala —, fiz uma pequena pesquisa nalgumas obras em busca de mais informação, para sabermos com maior rigor histórico e maior desenvolvimento do que falamos quando nos referimos, quer ao Palacete, quer ao Forte sobre as ruínas do qual aquele foi edificado.
Assim sendo, aqui fica um pouco do que consegui apurar na obra "Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras", de Carlos Pereira Callixto, 2ª reedição, C.M.O., Julho 2002.
De seu nome completo Forte de Nossa Senhora da Conceição de Pedrouços o forte estava situado na margem direita do Ribeiro de Algés, próximo da ponte de pedra da Estrada de Lisboa.
A primeira referência a este forte surge num Decreto Real de 30 de Agosto de 1701, que nomeia seu Governador o Visconde de Fonte Arcada. A segunda referência é uma planta incluída no trabalho de João Tomás Correa — "Livro de Várias Plantas deste Reino e de Castela" — no qual refere o autor que "Se fez no ano de 1703". Existe ainda uma terceira referência nas "Memórias Militares" de António do Couto (1719), Assim, pode-se apontar os finais do Séc. XVII para a planificação desta fortaleza e para começo da construção a data do Decreto Real que lhe nomeia Governador (1701).
Planta do Forte |
Não me vou deter na descrição da fortaleza. A mesma pode ser encontrada, assim como demais pormenores, p.ex. o número de bocas de fogo, na obra citada, para os mais interessados. Retenho aqui o essencial.
Em 1735 a fortaleza foi inspeccionada por um oficial, cuja identidade é desconhecida, que a encontrou muito danificada pelas intempéries. Segundo um Relatório anónimo de 1751 foi "consertada de novo".
Em 1758 o forte é referenciado com a designação de Forte de Ponta de Palhais e em 1762 o seu Comandante era o Cabo Luís dos Santos Ribeiro. Nas Memórias da Barra do Tejo e da Planta de Lisboa, de autor desconhecido, de 14 de Agosto de 1803 o forte já não é mencionado. Sabe-se que em 1818 estava já transformado em residência particular e que nunca mais volta a ser mencionado em qualquer lista de fortificações.
Em 1938, Mário Sampaio Ribeiro escreve na sua obra "Da Velha Algés" que no "seu recinto [do forte] os nobres Condes de Pombeiro e Senhores de Belas levantaram sumptuoso palácio cujo portão é coroado pela imagem de pedra da Padroeira do Reino - N.ª S.ª da Conceição - "Este portão foi demolido há relativamente poucos anos para se edificar o grande prédio chamado do Patrício, no actual Largo da Estação".
Segundo Branca de Gonta Colaço e Maria Archer — "Memórias da Linha de Cascais", 1943 — em 1850 o forte já era uma residência particular que os Condes de Pombeiro nessa altura Marqueses de Belas, compraram e habitaram, em 1870. Dizem-nos as autoras que o Forte foi reconstruído de alto a baixo e transformado num palácio. Ao prédio construído no terreno, após demolição duma ala do palácio, chamam prédio do Senhor Agostinho da Bela.
E continuam, dizendo-nos que "no terreno ocupado pelas muralhas históricas vemos agora esse prédio e a velha construção arruinada onde estiveram o Correio, a Junta de Freguesia, o Registo Civil, etc., e uma garagem".
Pelo picaresco, não resisto a citar aqui o que refere Callixto no artigo do seu livro, citando um artigo de Henrique Marques que, por seu turno, se refere a um opúsculo de 1871 — "Digressão Recreativa, Passatempo Alegre ou Revista do Viver das Praias, na Época dos Banhos do Mar, no Corrente Ano de 1870" —, que diz o seguinte:
"Do lado fronteiro às casas referidas, apresenta-se qual Dona respeitável, uma habitação grande, de aspecto nobre e quatro faces rectangulares; jardim sem flores, seco, mirrado e tostado foi, dizem as crónicas, Forte, sempre fraco, e palácio de nobilíssimos marqueses, distintos, e elegantes, marqueses, que se por fatalidade, engano, acaso ou não sei porquê, deixaram de ser lindos eram sempre Belas, como ainda são. Agora vemos o Forte, que foi, e o palácio que deixou de ser, tudo enfim, convertido pelas alterações do tempo e variantes da sociedade, no afamado Hotel da Glória, templo dedicado aos Deuses da folia, e brincadeira, aonde vem por vezes, muitos celebrantes, entoar cânticos e hinos, em divertidas patuscadas, arranjando bicos, peruas, moefas e cabeleiras, de variados feitios, cada qual a seu gosto, para alegrar o espírito e refrescar a vista, crestada por aquelas areas, apesar de tão próximo das margens e ondas puras do nosso grandioso e velho padre Tejo".
Carlos Pereira Callixto termina o artigo do seu livro dizendo:
"E assim do velho Forte de N.ª S.ª da Conceição de Pedrouços, embora há muito desaparecido (...), apenas se manteve o, já também antigo Palácio da Conceição."
E nós acrescentamos com tristeza e mágoa:
... O Palácio da Conceição, também ele desaparecido, tragado pela voragem dos especuladores imobiliários!
A construção algo polémica implicou o embargo da obra por uns meses de modo a preservar os vestígios do Forte |
As casas do Letrado (nº 20 da legenda) que aparentam na gravura estarem junto ás portas de Algés, penso ser as casas do Juiz e dos escrivãos cobradores de impostos do Rei que sei terem existido no Reguengo de Algés
Quanto ao nº 17 Gurita do Duque de Cadaval, penso tratar-se da residência pessoal do Duque, a questão aqui é que para alem do forte de Algés não consigo identificar mais nenhum edifício fortificado na área de Algés para alem do Forte da Nossa Senhora da Conceição, pela gravura este edifício é sem duvida muralhado e fortificado (estou a espera de respostas nesse sentido).
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