quinta-feira, 24 de maio de 2012

A História de uma Palmeira em Algés

1886 Família Anjos (fotografia de António Lopes dos Anjos 31-10- 1886 espolio da família e retirado da obra "O Veraneio da família Anjos de Alexandra Antunes) . Na fotografia pode ver-se que as dimensões da quinta foram reduzidas quando da reconversão da alameda nos anos 20 o muro foi deslocado para a posição que ocupa hoje, a palmeira em questão teria na altura cerca de 10 a 20 anos segundo confirmação de um botânico meu amigo



jardim do Palácio Anjos em Algés 1886 - 2012
Fiz hoje uma descoberta deliciosa ao ler uma obra sobre a família Anjos primeira proprietária do palácio Anjos em Algés, ora a certo ponto na obra aparecem varias fotografias de 1886 (como era uma família rica e o patrono Polycarpo Anjos um apaixonado por fotografia o espólio é deveras impressionante para a altura) tiradas no jardim do chalet Miramar, algumas tiradas á beira de uma palmeira já na altura imponente, ora como tinha á uns dias lá passado a minha memoria fotográfica lembrou-se que por ali apenas há uma palmeira nos nossos dias, hoje confirmei pelas placas que tem mais de cem anos e data da altura da edificação do chalet Miramar, ora portanto... a palmeira que aparece nas fotografias de 1886 é a mesma que esta lá hoje...fantástico não é?







Palmeira-do-chile ou palma-chilena (Jubaea chilensis)


[Bot.]- Palmeira-do-chile é o nome popular de uma palmeira
da família das Arecáceas (ex-Palmáceas), endêmica de uma pequena região do Chile. É a única espécie do gêne-
ro Jubaea. É considerada a mais ¨corpulenta¨ das palmei-
ras, podendo atingir até 25 metros de altura e com um tron-
co de até 5 metros de diâmetro, junto ao solo. Seu cresci-
mento é muito lento, não florindo antes dos 60 anos de ida-
de. Sua seiva é rica em açúcares e é chamada de ¨ mel-
-de-palma
¨ 

Nomes comuns: Palmeira-do-chile.
Sinônimos estrangeiros: Chilean Wine Palm, Coquito Palm, Honey Palm (em inglês); Palma Chilena, Palma de Coquitos, Palma de Miel Cancán, Lilla, Glilla(em espanhol).
Família: Arecaceae.
Características: palmeira de aspecto notável, podendo atingir 400 anos. A idade é calculada contando as cicatrizes, que as folhas deixam no tronco, e dividindo esse número por oito.
Porte: até 30 m de altura.
Fenologia: demora entre 30 a 60 anos para florescer.
Cor da Flor: púrpura.
Cor da folhagem: verde-escura.
Origem: costa e encostas montanhosas (ate 1400 m de altura) da região central do Chile, entre os paralelos 30° e 36°; é endêmica desse país.
Clima: subtropical/temperado (tolera geadas).
Luminosidade: sol pleno.



Palmeira-do-chile ou palma-chilena, é o nome comum da espécie Jubaea chilensis(Molina) Baill., uma planta da família das Arecaceae que constitui a única espécie do género monotípico Jubaea. É nativa da região central do Chile, onde é endémica numa pequena área entre as coordenadas 32°S e 35°S nas regiões do sul do Coquimbo, Valparaíso,Santiago, O'Higgins e norte de Maule. A palmeira-do-chile é a mais corpulenta das palmeiras, podendo atingir 25 m de altura, com a estipa a chegar por vezes aos 5 metros de circunferência junto ao solo. É de crescimento muito lento, não florindo antes dos 60 anos de idade. Crê-se que é a palmeira de folhas pinadas mais resistente ao frio, sobrevivendo à exposição prolongada a temperaturas entre −12 °C e −15 °C. Durante muito tempo pensou-se que a extinta palmeira da Ilha da Páscoa pertencia a este género, sendo actualmente considerada distinta deste e colocada no seu próprio género, Paschalococos



Estipa: única, cilíndrica e de grandes dimensões, podendo atingir de 10 à 25 metros de altura (40 m em situações excepcionais), sendo mais grossa na base do que nas proximidades da coroa. Pode atingir diâmetros de 1,3 m, tendo sido registado um exemplar com 5 m de circunferência junto ao solo. A estipa é recoberta por uma casca macia e lisa, cinzenta, frequentemente marcada por grandes cicatrizes deixadas pela base do pecíolo das folhas.

Coroa: coroa de folhas comprimidas e sub-horizontais na zona central e recurvas, ou mesmo pendentes, na zona externa. É densa, contende de 40 a 50 folhas pinadas, com 3 a 5 m de comprimento.
Folhagem: persistente, de 4 a 5 m de comprimento, pinadas, folíolos com cerca de 0,60 m, lineares a lanceolados, glaucos na página inferior. Os pecíolos são curtos, fibrosos, destacando-se facilmente da estipa quando a folha morre.

Flores: a espécie é monóica, produzindo uma inflorescência em forma de espádice. As flores unisexuadas emergem por entre as folhas inferiores, tendo cor púrpura.
Frutos: ovóides, com uma polpa cor de laranja e fibrosa que envolve a semente. A semente é um grão contendo um tegumento branco, comestível, semelhantes a pequenos cocos. Por essa razão, no Chile são denominados coquitos.
Distribuição: A Jubaea chilensis ocorre naturalmente no Chile, na zona compreendida entre as latitudes 32º S e 35º S, abrangendo o sul da região de Coquimbo e nas regiões de Valparaíso, Santiago, O'Higgins e o norte da região de Maule. Em resultado da sua limitada área geográfica de expansão e da destruição de habitat que tem sofrido, é hoje listada pela IUCN como espécie vulnerável.
Habitat: No sopé dos Andes, até aos 1500 metros de altitude, nas encostas voltadas para o Oceano Pacífico. Cresce melhor nas zonas de clima mediterrânico seco. Devido ao abate indiscriminado e à perda de habitat, as suas populações estão reduzidas a povoamentos esparsos em zonas protegidas.
Estado de conservação da espécie: A palmeira-do-chile está classificada pela UICN como espécie ameaçada com estatuto devulnerável (VU A1cd). A sua exploração e abate estão regulamentados.
Sobrevive bem em locais com Inverno temperado, embora possa suportar alguma geada e temperaturas que ocasionalmente desçam até aos −12 °C (existem registos da sobrevivência de exemplares adultos a vários dias com temperaturas até −15 °C), o que faz dela uma das palmeiras mais resistentes ao frio. Tolera bem estios frescos e secos. Existem exemplares cultivados deJubaea chilensis em todas as regiões temperadas de clima mediterrânico e oceânico, sendo frequente na Europa ocidental. Em Lorient, na Bretanha, existem dois grandes exemplares que ainda apresentam marcas de balas disparadas na Segunda Guerra Mundial.



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