terça-feira, 12 de abril de 2011

Melhoria das qualidades ambientais em Miraflores faz ressurgir a biodiversidade da região


Diz assim em 1865 na sua obra  "OS PRIMEIROS TRABALHOS LITTERARIOS" o padre Francisco da Silva Figueira prior da Freguesia de Carnaxide sobre a natureza da Ria de Algés




para que vejam bem a beleza natural que se encontrava nas margens da Ria de Algés em 1865 aqui deixo umas imagens das aves descritas no texto do padre Francisco da Silva Figueira nesta foto o O guarda-rios-comum, guarda-rios-europeu, martim-pescador ou pica-peixe (Alcedo atthis)

Alveola amarela (Motacilla flava ou Arveola amarela como diz no texto)
Esta graciosa alvéola, uma das mais coloridas aves portuguesas, é um dos migradores estivais mais
precoces. A chegada das primeiras alvéolas-amarelas representa, tal como a das andorinhas, um dos
primeiros sinais de que a Primavera está próxima.



Como Arvelas de peito amarelo e Pica-Peixes por aqui é coisa que já não há, tentámos dentro da medida do possível fazer um registo exacto das espécies observadas em Miraflores, ficou por efectuar um registo das espécies nocturnas como os ratos do campo, Morcegos, Mochos e Corujas todos eles já observados por mim na localidade. Serão adicionados dentro de um futuro breve a este artigo.





Nos últimos tempos temos vindo a registar uma nítida melhoria da qualidade do ar na localidade, facto esse que se manifesta no ressurgimento da biodiversidade local., esta nítida melhoria ambiental deve-se a um conjunto de circunstancias únicas que se reuniram na area e que sem duvida trazem um enorme beneficio para todos.
As ultimas obras na Ria de Algés com o desviar dos esgotos provenientes do Concelho da Amadora através de uma conduta subterrânea antes da Localidade conduziram a que no troço da Ria que abrange o Parque Urbano de Miraflores ressurgissem um grande numero de espécies em vias de extinção e que existiam na região á uns anos atrás e que haviam desaparecido devido á extrema degradação ambiental da Ria de Algés. Registamos numa visita recente com muito agrado a presença de sapos, rãs, salamandras e cobras na Ria, e verificamos também que as condições ambientais são de momento de facto quase paradisíacas como podem ver pelas fotografias abaixo.

A qualidade do ar devido á grande área de zona verde que a localidade desfruta, muito por inteligencia do autor inicial do projecto Miraflores Penha Michó, que teve a preocupação de na altura do arranque do projecto de dotar a localidade de muitas árvores e zonas verdes, projectando assim um futuro mais verde e equilibrado a Miraflores, evidentemente que a proximidade de Monsanto e de algumas áreas que foram preservadas desde os tempos em que não existia Miraflores fizeram com que algumas espécies de plantas animais e insectos sobrevivessem á urbanização da localidade e proporcionem hoje em dia uma excelente qualidade ambiental, o aparecimento de musgo e liquens nas árvores são prova evidente disso.

Temos pois vindo a monitorizar a localidade em busca de espécies autoquenes que regressaram a Miraflores e criamos a lista abaixo partilhada, caso haja alguém que queira reportar algo de novo a este artigo ou consiga fotografar algumas das espécies agradecíamos grandemente uma vez que a Gazeta fotografa e filma com um telemóvel é muito complicado fotografar certas espécies, aqui fica pois a lista de espécies que registamos em Miraflores nos últimos meses, algumas são habitantes comuns e não migram como os Melros Pretos  os coelhos, outros visitam a localidade no Verão e primavera como por exemplo as migrações de Patos Selvagens que fazem o seu descanso na Ria na Primavera em direcção ao Norte e no Outono em direcção a África.

Líquens


Os líquenes são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte). Alguns taxonomistas[quem?] classificam os líquenes na sua própria divisão (Mycophycophyta), mas isto ignora o fato de que os componentes pertencem a linhagens separadas. Os líquenes desenvolvem-se como lâminas ou placas de várias cores na superfície de árvores ou de pedras, expostas à humidade e ao sol. São geralmente estudados pelos botânicos, apesar de não serem verdadeiras plantas.
A verdadeira natureza desta simbiose é ainda tema de debate pelos cientistas, em que alguns casos afirmam que o fungo é um parasita do fotobionte; no entanto, em muitos casos, a alga sozinha não sobrevive no habitat ocupado, assim como o fungo isolado também não sobrevive e, portanto, não é realístico usar o termo parasita.


O micobionte dos líquenes pertence, na sua maioria, ao filo Ascomycota, sendo os restantes parte de Basidiomycota. Cada espécie de líquen tem uma espécie diferente de fungo e é com base nessa espécie que os líquenes são classificados. A classificação baseia-se, em geral nas características do talo e órgãos reprodutivos. Estão descritas de 13.500 a 17.000 espécies de líquenes, de acordo com diferentes sistemas de classificação. Cerca de 20% das espécies de fungos conhecidas pertencem a líquenes.
Os fotobiontes são muito menos numerosos que os micobiontes, ou seja, a mesma espécie de alga pode fazer parte de vários líquenes diferentes. Muitas espécies de algas, se não todas, podem existir isoladamente em alguns habitats, mas quando fazem parte de um líquen, apresentam uma distribuição muito maior.
A reprodução assexuada se dá pela germinação de esporos.Já a reprodução sexuada ocorre por meio de órgãos masculinos e femininos que produzem células masculinas e femininas.

  Como funciona

 O micobionte beneficia-se através da simbiose através dos açúcares ou polióis, que são o seu alimento, produzidos pela alga, através da fotossíntese. A alga ganha proteção, uma vez que o fungo normalmente forma a superfície externa e mantém o interior do talo úmido, resultando num ambiente mais estável para a alga, que pode então desenvolver-se mais. O fungo consegue o açúcar através de hifas especiais, chamadas apressórios ou haustórios que entram em contato com a parede celular da células da alga. Aparentemente, o fungo pode produzir uma substância que aumenta a permeabilidade da parede da alga e permite-lhe adquirir, por difusão, até 80% do açúcar que a alga produz.Em diversas situações,se sentem inóspitos e com poucos recursos nutritivos, como por exemplo, uma rocha. Como resultado de seu metabolismo, liberam substâncias corrosivas no ambiente (geralmente ácidos orgânicos), resultando na intemperização das rochas, e iniciando a formação de um solo (pedogênese) Liquens são muitas vezes os colonizadores de nuas áreas rochosas

 Morangueiro


Morangueiro é o nome comum de um conjunto de espécies, com seus híbridos e cultivares, do género Fragaria  que produz o morango, incluindo um conjunto alargado de espécies e variedades silvestres.
Existem mais de 20 espécies do género Fragaria que recebem a designação comum de morangueiro, com ampla distribuição nas zonas temperadas e sub-tropicais.
Apesar de algumas diferenças anatómicas típicas, a classificação das espécies assenta essencialmente sobre o número de cromossomas, sendo que existem sete tipos básicos de cromossomas que todas as espécies e seus híbridos possuem em comum. A grande distinção resulta do grau de poliploidia que as espécies exibem.
Algumas espécies são diploides, isto é têm dois conjuntos dos sete cromossomas básicos (14 cromossomas no total), outras são tetraploides (quatro conjuntos, 28 cromossomas), hexaploides (seis conjuntos, 42 cromossomas), octoploides (oito conjuntos, 56 cromossomas) ou decaploides (dez conjuntos, 70 cromossomas).



Como regra geral, embora com algumas excepções notáveis, as espécies de morangueiro com mais cromossomas tendem a ser mais robustas e maiores, produzindo também em geral morangos maiores.
O morango é rico em vitamina C e, por isso, o consumo da fruta evita a fragilidade dos ossos e a má formação dos dentes. Ele também dá resistência aos tecidos, age contra infecções, ajuda a cicatrizar ferimentos e evita hemorragias. O morango também possui, em menor quantidade, vitamina B5, conhecida como niacina. Ela tem a função de evitar problemas de pele, do aparelho digestivo e do sistema nervoso. Na fruta, também é encontrado ferro, que faz parte da formação do sangue.
É um pseudofruto, pois na verdade, o verdadeiro fruto são os "pontos pretos" ao redor do morango, porém, todo o útero do morango se torna carnoso e suculento.
Em Miraflores pode agora de novo ser visto em muitos canteiros nos Parques públicos depois de ter sido praticamente erradicado da localidade, nesta altura do ano (Primavera) podem observar-se os frutos maduros e prontos a comer

Morangos Silvestres Europeus nos canteiros do Parque Urbano de Miraflores em frente á Esquadra




libélula





A libélula (também conhecida por libelinha, em Portugal) é um insecto alado pertencente à sub-ordem Anisoptera e é um indicador natural da qualidade do ar e da Agua. Em Miraflores podem observar-se em apenas alguns minutos de observação junto á Ria de Algés no Parque urbano de Miraflores.
 Como características distintivas contam-se o corpo fusiforme, com o abdómen muito alongado, olhos compostos e dois pares de asas semi-transparentes. As libelinhas são predadoras e alimentam-se de outros insetos, nomeadamente mosquitos e moscas. Este grupo tem distribuição mundial e tem preferência por habitats nas imediações de corpos de água estagnada (poças ou lagos temporários), zonas pantanosas ou perto de ribeiros e riachos. As larvas de libelinha (chamadas ninfas) são aquáticas, carnívoras e extremamente agressivas, podendo alimentar-se não só de insectos mas também de girinos e peixes juvenis.
As libelinhas não têm a capacidade de picar, visto que as suas mandíbulas estão adaptadas à mastigação. Dentro do seu ecossistema, são bastante úteis no controlo das populações de mosquitos e das suas outras presas, prestando assim um serviço importante ao Homem.
As libelinhas adultas caçam à base do seu sentido de visão extremamente apurado. Os seus olhos são compostos por milhares de facetas (até 30.000) e conferem-lhes um campo visual de 360 graus. As libelinhas medem entre 2 e 19 cm de envergadura e as espécies mais rápidas podem voar a cerca de 85 km/h.
O grupo surgiu no Paleozóico, sendo bastante abundantes no período Carbónico, e conserva até aos dias de hoje as mesmas características gerais. As maiores libelinhas de sempre pertencem ao género Meganeura, floresceu no Pérmico, e podiam atingir envergadura de 70 a 75 cm. Seu tempo de vida pode chegar a 5 anos. No Brasil existem cerca de 1.200 espécies de um total 5.000 existentes no mundo. Predadora de insetos, inclusive o Aedes aegypti e até pequenos peixes. Em um único dia pode consumir outros insectos voadores até 14% do seu próprio peso.
Em Portugal além de libelinha ou libélula é conhecida pelos nomes: tira-olhos, lavadeira, cavalinho-das-bruxas, pita, entre outras designações locais.

Melro-preto


IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O Melro-preto (Turdus merula) é uma das espécies mais típicas e abundantes da nossa fauna, sendo conhecida pela generalidade das pessoas. Uma das razões que justificam a sua popularidade é a conspicuidade da sua plumagem, com particular destaque para os machos: plumagem integralmente de cor negra e com um bico alaranjado de tons vivos. As fêmeas são normalmente de cor castanha escura, apresentando uma maior variação de cores. O peito, a barriga e os flancos são normalmente malhados e a garganta é mais clara que o resto da plumagem. O bico não apresenta as cores vistosas dos machos.


DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
É uma das espécies mais abundantes da avifauna europeia e portuguesa, tendo sido introduzida em muitos outros locais (e.g., Austrália, Nova Zelândia). No Atlas das Aves que Nidificam em Portugal Continental (Rufino, 1989) foi uma das poucas espécies registadas em todas as folhas de registo. Aparentemente é comum tanto no Norte, como no Sul do País.

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
É uma espécie não ameaçada em Portugal. Em termos europeus apresenta um estatuto de conservação favorável, sendo englobada na categoria SPEC 4 (SPEC corresponde a Species of European Conservation Concern – espécies que suscitam preocupações de conservação a nível europeu) pelo facto da população europeia ser relevante em termos mundiais.

HABITAT
Em Portugal o Melro frequenta uma enorme diversidade de habitats, como uma grande variedade de sistemas florestais e agro-florestais, pomares, jardins, parques, zonas de culturas agrícolas com sebes vivas, zonas arbustivas de toda a natureza, desde que sejam relativamente densos, áreas de matos, zonas húmidas com sebes vivas, entre outros. É apenas mais escasso nas áreas mais secas e com pouca vegetação arbórea ou arbustiva do interior do país.

COELHO BRAVO
Nome científico: Oryctolagus cuniculus


Distribuição
Este animal pode encontrar-se disseminado na Europa, África, Ásia, América, Austrália e Nova Zelândia.
Em Portugal, pode ser observado em práticamente todo o território.Em Miraflores observamos uma familia desta especie na area da fotografia abaixo proximo dos Edificios Compave que é uma autentica bolsa de biodiversidade e esperamos nunca venha a ser destruido






Protegido
Como espécie cinegética, tem sido, em algumas zonas, caçado quase até à exaustão, pelo que foi necessário criar reservas onde a espécie fosse protegida.
Durante longos períodos do ano, a sua caça é proibida sendo essa proibição acatada pela maioria dos caçadores conscientes da necessidade de proteger a espécie e da importância da mesma.
A sua cor característica cinzento acastanhado, é uma forma de camuflagem importante para se proteger.O coelho bravo gosta de viver em zonas de erva alta onde se pode proteger dos predadores naturais, e assim alimentar-se em relativa segurança.

Reprodução
A sua reprodução é fácil e frequente, tendo o seu ponto forte no início da Primavera.

Tamanho, peso e esperança de vida
Os coelhos bravos pesam entre 1,5 e 2,5 kg, medem cerca de 40 cm e podem viver cerca de 9 anos.







COBRA RATEIRA
Nome científico: Malpolon monspessulanus 



Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Colubridae
Subfamília: Psammophiinae
Género: Malpolon
Espécie: M. monspessulanus

Distribuição
A cobra rateira pode ser encontrada na Península Ibérica, por todo o Sul da Europa, exceptuando Itália, na Ásia Ocidental e ainda no Norte de África. Habita todo o tipo de terreno onde haja roedores e aparece também dentro de habitações, ou do que delas resta, onde se introduz em busca de alimento. Frequentemente, esconde-se debaixo de pedras.Em Miraflores vimos 3 nos ultimos dias, duas junto á Ria de Algés ao pé da Ponte do parque urbano e outra junto áos Edificios da Compave junto á Torre 2




Alimentação
A base da alimentação destes animais são os roedores, principalmente ratos, mas também coelhos pequenos. Contudo, come também outras cobras e ocasionalmente aves ou lagartos de grandes dimensões.
Estado de conservação
Desconhecido.
Reprodução
Põe até 20 ovos, que eclodem geralmente passados cerca de 60 dias.
Tamanho
As cobras desta espécie podem ultrapassar os 2,0 metros de comprimento, sendo a maior das cobras encontradas em Portugal. O seu veneno não representa um perigo verdadeiro para o Homem, sobretudo tratando-se de um adulto saudável, já que é para matar pequenos animais. No entanto, depois de ser mordido deve dirigir-se por segurança a um hospital e contar o sucedido, por forma a ser acompanhado durante algum tempo e ter a garantia que nada de anormal se está a passar.
Longevidade
Esta cobra tem uma esperança de vida a rondar os 20 anos


Sapo-comum

(Bufo bufo)


Grande, gordo, feio e útil, o Sapo é uma espécie comum que se alimenta de invertebrados e que pode dar uma ajuda no quintal ou no jardim. Distribuindo-se por todo o País.
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
O sapo-comum (Bufo bufo) é um anuro (anfíbio sem cauda) de grandes dimensões que pode atingir 21 cm de comprimento. Possui olhos laterais e proeminentes, a pupila é horizontal e a íris é geralmente avermelhada. As glândulas paratóides - 2 glândulas ovóides situadas na parte posterior da cabeça - são proeminentes e estão mais próximas anteriormente do que posteriormente. Os membros são robustos, os anteriores têm 4 dedos curtos e grossos e os posteriores possuem 5 dedos com membranas interdigitais até metade do seu comprimento. A pele é rugosa com verrugas salientes no dorso. A sua cor varia muito, podendo ser castanha, amarelada ou quase negra. Ventralmente são esbranquiçados ou amarelados. Os machos são mais pequenos que as fêmeas e, nalgumas populações, apresentam membros posteriores mais compridos. Durante a época de reprodução apresentam rugosidades escuras nos 3 dedos mais internos da mão. Os girinos são muito pequenos, atingindo no máximo 3,5 cm de comprimento, são de cor negra e as suas membranas caudais são translúcidas com ou sem pontos escuros. Os olhos são dorsais.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA
Ocupa toda a Eurásia, excepto a zona mais setentrional, e o norte de África.
Em Portugal encontra-se de norte a sul, sendo geralmente bastante abundante. Nas zonas mais áridas do sul e sudeste é mais raro.Em Miraflores basta se chegar ao pé da Ria de Algés junto ao Parque Urbano para os ouvir e ver

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO
Esta espécie faz parte do anexo III da Convenção de Berna. Em Portugal é considerada não ameaçada (NT).

FACTORES DE AMEAÇA
Antigamente esta espécie era muito abundante, no entanto, a alteração dos locais de reprodução e dos seus habitats está a provocar um declínio generalizado em grande parte da Península Ibérica. A perseguição pelo Homem é outro factor a ter em conta. Além disto, todos os anos morrem muitos sapos nas estradas, vítimas de atropelamento, principalmente na época de reprodução, altura em que os indivíduos necessitam de se deslocar até zonas com água.

HABITAT
Ocupa uma grande variedade de biótopos, em zonas húmidas ou secas, abertas ou com vegetação densa, em meios naturais, cultivados e também nas imediações de áreas habitadas. Os adultos têm hábitos terrestres excepto durante a época de reprodução. Pode encontrar-se tanto ao nível do mar como acima dos 2000 metros.


INIMIGOS NATURAIS
Entre os seus inimigos naturais incluem-se cobras de água, víboras e várias aves de rapina (milhafres, tartaranhões, águias, mochos e corujas). A lontra adopta uma estratégia de predação muito particular, virando os sapos do avesso de modo a não entrar em contacto com a sua pele que contém toxinas.
Algumas populações são afectadas por uma mosca parasita cujas larvas se introduzem nas narinas dos indivíduos para se alimentarem dos seus tecidos, acabando por lhes provocar a morte.


REPRODUÇÃO
Durante a época de reprodução o macho abraça a fêmea pelas costas (amplexo). A fêmea deposita entre 2000 a 7000 ovos e o macho lança o esperma que os fecundará (fecundação externa). Os ovos dispõem-se em cordões gelatinosos com 2 a 4 filas alternadas. Como local de postura escolhem charcos extensos relativamente profundos, braços de rios ou zonas pantanosas. A eclosão dos ovos dá-se entre 5 a 15 dias após a postura e a fase larvar dura entre 2 e 4 meses.

MOVIMENTOS
Ano após ano, estes sapos mostram preferência pelos mesmos locais de postura, chegando mesmo a percorrer vários quilómetros para chegar a esses locais.

ACTIVIDADE
Embora sejam geralmente crepusculares e nocturnos, também se observam durante o dia, sobretudo quando o tempo está húmido e durante a época de reprodução. Os recém- metamorfoseados são mais activos durante o dia. Em muitas regiões estes sapos permanecem activos durante todo o inverno. Em zonas frias podem apresentar um período de repouso invernal que varia consoante o local e o ano. No Verão permanecem activos até temperaturas de 40/42º C.


CURIOSIDADES
São animais muito úteis na agricultura por comerem insectos, vermes e caracóis. No entanto, são considerados repelentes e muitas vezes são perseguidos e espetados em canas, servindo como espantalhos. Crê-se que os outros sapos ficam com medo e, portanto, se afastam.

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO
Podem observar-se durante a noite em caminhos, estradas ou perto de massas de água. As observações são mais frequentes após ter chovido ou em dias em que o ar se encontre muito húmido. Os girinos podem observar-se em troços de ribeiros ou em charcos.

RÃ VERDE 
(Rana perezi ou Pelophylax perezi )


A rã-verde (Rana perezi ou Pelophylax perezi ) é uma espécie de rã pertencente à família Ranidae. Distribui-se pela Europa Ocidental, em especial Portugal, Espanha, França e Reino Unido.
Tem como habitat natural as florestas e matagais temperados, o matagal arbustivo mediterrânico, rios e ribeiros, cursos de água temporários, pântanos, lagos permanentes ou temporários de água doce, pauis permanentes e temporários, margens arenosas, terrenos de cultivo e áreas urbanas.
Em alguns locais encontra-se ameaçada devido à perda de habitat.
Esta espécie foi introduzida tanto nos Açores como na Madeira como animal ornamental em lagos de jardim de casas senhoriais, tendo posteriormente escapado e adaptado bem às condições locais. É muito comum nas massas de água doce da ilha da Madeira onde pode ser encontrada a altitudes desde o nível do mar até a pequenos charcos aos 1.600 m de altitude, passando pelos reservatórios de irrigação de culturas.


MILHAFRE PRETO
(Milvus migrans)


O milhafre-preto (Milvus migrans) é uma ave de rapina diurna do grupo dos milhafres. A espécie tem uma distribuição geográfica vasta e ocorre em África, na Europa e Ásia, Médio Oriente e Austrália. As populações que vivem em regiões quentes são residentes, mas as sub-espécies de regiões temperadas são migratórias. Em Miraflores a especie reside o ano inteiro e há registo de duas familias pelo menos, uma no edificio da Tulipas junto ao Shopping de Miraflores e outra nos prédios do Arquipark.


O milhafre-preto mede cerca de 55 cm de comprimento e 135-155 cm de envergadura, para cerca de 1 kg de peso. A plumagem é de cor castanha, de tom mais escuro na parte superior das asas, e mais claro na região ventral. Não há dimorfismo sexual evidente mas os machos são em geral menores que as fêmeas. Como em todos os accipitrídeos, o bico é recurvado e está adaptado a um modo de alimentação carnívoro. Esta ave vive de forma solitária ou em casais.
A época de reprodução varia bastante com a zona habitada pela espécie, sendo observada na Primavera das regiões temperadas e na estação seca das regiões quentes e tropicais. O ninho é construído numa zona elevada, que pode ser uma árvore, uma escarpa ou mesmo um edifício, ou aproveitado de outras espécies. Em áreas urbanas, o milhafre-preto costuma forrar o ninho com sacos de plástico ou outros materiais isolantes descartados pelo Homem. Cada postura contém 2 a 3 ovos, incubados ao longo de 26 a 38 dias. As crias recebem cuidados parentais de ambos os progenitores e tornam-se independentes com cerca de dois meses. A maturidade sexual é atingida por volta do ano e meio de vida.
O milhafre-preto é uma ave predadora que se alimenta de pequenos mamíferos, em particular roedores, e anfíbios, mas com características de oportunista alimentar que varia a dieta de acordo com a localização geográfica e época do ano. Esta ave adaptou-se bastante bem à presença humana e pode ser observada em cidades, onde caça pombos e ratos e procura alimento nas lixeiras. O milhafre-preto é ocasionalmente necrófago, aproveitando os cadáveres de outros animais mortos em estradas.
O milhafre-preto não se encontra actualmente em risco de extinção e é uma das aves de rapina mais comuns, mas é sensível a factores como a poluição de águas ou uso de pesticidas.

Milhafre fotografado em Miraflores 2013 fotografia André Nunes




Coruja-das-torres
Nome comum: Coruja-das-torres
Nome científico: Tyto alba



Pertencente à Ordem dos Strigifomes, e à Família dos Tintonídeos, a Coruja-das-torres tem um aspecto inconfundível. É uma ave de médio porte, medindo entre 29 a 44cm (em adultos), com o seu peso a  variar entre 250 e 700g. Podem apresentar uma envergadura de asas até 90cm. As fêmeas apresentam, geralmente, tamanho superior ao dos machos (25%). Podem viver até 10 anos em ambiente. Apresentam uma cor acastanhada, manchas pretas nas costas e  atrás da cabeça, além de finas manchas pretas ou castanhas por todo o corpo à excepção da parte interna das asas. O seu peito, e a parte inferior do corpo, é branca, podendo apresentar uma cor acizentada ou amarelada. Os seus grandes olhos são cónicos, como é comum nos strigiformes, apresentam uma excelente visão (diurna e nocturna).
Distribui-se por toda a Europa à excepção do extremo norte, Pirinéus e Alpes. Em Portugal ocorre por todo o país, sendo mais comum no centro e sul. A Cororuja-das-torres está associada a biótipos abertos (como pastagens e terrenos agrícolas) ou semi-abertos (montados pouco densos).
Costuma nidificar em quintas, montes, moinhos, celeiros, ruínas e igrejas. A fêmea coloca entre 4 a 7 ovos nas cavidades das árvores ou edifícios, e, com a ajuda do macho, incuba-os durante um mês.
A sua alimentação baseia-se sobretudo em pequenos mamíferos roedores, mas também podem-se alimentar de pequenos pássaros, répteis, anfíbios, peixes e insectos. É uma espécie essencialmente nocturna, procurando alimento sempre alimento 1 a 2 horas depois do anoitecer e antes do nascer do sol.
Nesta altura as principais ameaças à sua sobrevivência são a intensificação da agricultura, a demolição de edifícios antigos, o aumento do uso de agro-químicos para diminuir número de roedores, abate de árvores com os seus ninhos e colisões com veículos.



Curiosidades: O seu pescoço pode girar 270º para compensar o facto dos seus olhos serem imóveis. Costumam balançar a cabeça da equerda para a direita quando estão curiosas.


Andorinha-dos-beirais

(Delichon urbicum)



A andorinha-dos-beirais ou andorinho-dos-beirais (Delichon urbicum) é uma pequena ave migratória pertencente à família das andorinhas (Hirundinidae), estival na Europa (exceto Islândia), Norte de África e regiões temperadas da Ásia, e invernal na África subsariana e Ásia tropical. Alimenta-se exclusivamente de insetos, que captura em pleno voo, pelo que migra para climas com abundância de insetos voadores. Tem a cabeça e a parte superior do corpo preto-azuladas, contrastando com o branco do uropígio e da parte inferior do corpo.



Pode ser encontrada tanto em campo aberto como em zonas habitadas pelo homem. Constrói ninhos fechados em forma de taça com lama e palha sob os beirais dos edifícios ou locais semelhantes, normalmente em colónias. A sua proximidade ao homem é de forma geral tolerada devido aos seus hábitos insetívoros, conduzindo a diversas referências literárias e culturais.
Apesar de se encontrar em declínio na Europa, possui uma grande área de distribuição geográfica e uma grande população global, pelo que não se considera que se encontre globalmente ameaçada.



Patos Reais na Ria de Algés Outubro 2012 Artigo da Gazeta de Miraflores



Sabendo eu que estamos na altura das migrações de patos bravos do norte da Europa para África e que a Ria de Algés é desde sempre um local de descanso e alimentação para estas migrações, fui em busca destas lindas aves com o propósito de as fotografar, já por diversas vezes os tinha vista à distancia descansando na ria.
Ao chegar perto da ria, descortinei algumas aves habituais e fiquei descontraidamente a observa las, quando de repente sou surpreendido pelo grasnar caractristico dos Patos Reais... saindo debaixo do túnel que em certos troços esconde a ria ali estavam os objectos da minha busca,varias fêmeas preparando se para levantar voo em direcção ao Sul... mal tive tempo para pegar na maquina e apesar de ficar de certo modo chateado comigo por não ter sido suficientemente expedito para tirar mais fotografias deste acontecimento sazonal que a mim muito me agrada, partilho assim convosco as imagens que consegui, que, apesar de tudo até que saíram bem.



Este é apenas um pequeno exemplo das especies que alegremente regressam ao nosso convivio, outras há que nunca regressarão o que é algo imperdoavel, esta nas nossa mãos preservar o que existe e cuidar para que mais especies regressem á nossa localidade, aqui ficam umas fotos do nicho de biodiversidade que apareceu com a limpeza de um pequenos troço da Ria de Algés, o que seria se toda a Ria dede a Amadora estivesse limpa, o cenario esta a ficar d facto pardisiaco e assim de repente ninguem diz que esta biodiversidade se vive ás portas de Lisboa













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