terça-feira, 27 de março de 2012

Menções a Algés na Literatura Portuguesa II








Trago hoje duas paginas da Revista popular semanário de litteratura e industria, Volumes 1-2 com data de 1849, uma das paginas veio um pouco por acrescento uma vez que se relaciona com uma localidade que muito teve a ver (e tem) com a historia de Algés, Carnaxide. Inclui esta referencia porque achei deveras interessante termos um elemento de comparação com outra localidade da região exactamente na mesma altura.
 A outra pagina é relativa á "Ponte Velha de Algés" e tem alguns dados de bastante interesse e quero realçar vários pontos que iram sustentar a revisão da historiografia de Miraflores:








1- O texto refere os pontos de relevo da localidade e começa por realçar a casa dos Duques de Cadaval (referida em quase todos os documentos com esta data e anteriores) como sendo um "matta de corpulentos árvores silvestres, cortada de sendas tortuosas, e que na intensidade do verão convida a gosar da frescura da sombra, continuando-a uma espaçosa lameda que remata no pequeno rio de Algés"
ou seja temos mais um indicio de que esta foi a maior propriedade no Vale de Algés durante séculos.

2- temos também no texto referencia a outras quintas o que nos dá indícios concretos para  referenciar os palacetes ainda existentes na localidade e os seus proprietarios e que nos dá desde já uma ideia de quais eram as quintas na localidade de Miraflores.
Temos no texto referencias ás varias"quintas productivas" e sendo a pincipal a do Sr Faustino da Gama. Refere também que "O ribeiro vem entrar no Tejo, abaixo da quinta das Romeiras# ora sabendo eu que a localidade das Romeiras ainda existe (é também conhecida por quinta da Formiga) e se localiza perto da saída da CRIL para Miraflores partimos do principio que seriam estas as duas quintas existentes no que é hoje a localidade de Miraflores e os seus dos Palacetes o da Quinta de Santo António a do Sr Faustino da Gama, e a ruína que se encontra a venda perto do que era a antiga paragem do autocarro 50 junto á antiga estrada de circunvalação o da quinta das Romeiras.

3- Temos também referencias ao caudal da Ria, á sua nascente e aos seu afluentes

4. As referencias ao lugar de Algés, como já referi anteriormente em outro artigo referente a outra obra, indica nos claramente a sua localização no que é hoje o alto de Algés "O logar de Algés, de poucos fogos, onde há uma ermida da invocação de Nossa Senhora do Cabo, fica núma ladeira ao poente do rio." ou seja o que é hoje o centro de Algés antigamente era um lugar sem casas, apenas existindo por ali alguns palacetes e o forte de Algés.

5- Para terminar quero realçar aqui que mais uma vez temos uma mutação do nome Algés desta vês para d´Argeis, é um facto curioso e que pretendo investigar visto que já não é a primeira vez que me deparo com esta questão






A pagina seguinte descreve a localidade de Carnaxide na mesma época





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